terça-feira, 3 de junho de 2014

O QUE CREMOS E O QUE NÃO CREMOS

Amados, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo a fora.” ( I João 4.1)
 
“Acautelai-vos, para não perderdes aquilo que temos realizado com esforço, mas para receberdes completo galardão. Todo aqueles que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem assim o Pai, como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis boas vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más.”( II João 8-11).
 
Introdução
Pelo que sabemos, deve o cristão ser santificados, espirituais e consequentemente pleno no Espírito Santo. Aliás essa deve ser a nossa oração constante e desejo sincero, entretanto, notamos que em nome da espiritualidade, as igrejas se dividem e há conflitos doutrinários e exageros, causando danos a obra de evangelização e o crescimento das igrejas.
 
Há um ditado popular que diz: “Nem tudo que reluz é ouro”. Citamos o ditado para afirmar que nem sempre aqueles que alegam espiritualidade são de fato espirituais. Daí, cuidado!
 
Devemos ter cuidado e evitar aqueles que tem prazer em dividir igrejas e se satisfazem na geração de conflitos doutrinários e exageros, trazendo para tais coisas a autoridade bíblica.
 
Devemos evitar aqueles que estão distorcendo a conteúdo bíblico, atribuindo à sua vontade a veracidade bíblica e ação do Espírito Santo.
 
Vamos em cinqüenta e dois itens,  mostrar a posição da Primeira Igreja Batista de Aracati diante de tantas novidades que estão surgindo no meio de muitas igrejas, tidas como “avivadas”,  “renovadas” e “espirituais”.
 
O QUE DEVE SER UM CRISTÃO ESPIRITUAL, AVIVADO, RENOVADO. O QUE CREMOS E O QUE NÃO CREMOS.
 
O que deve ser um cristão espiritual, avivado e renovado
• Deve ter a Bíblia como base e um gosto maior de ler, refletir e mudar.
• Deve fazer do crente “afastado” um crente ativo e operoso. Gostar de servir.
• Deve conduzir a um gosto maior pela oração a sós e/ou com os outros nos cultos.
• Deve despertar um sentimento maior de fé nas promessas de Deus na Bíblia.
• Estará interessado nas doutrinas bíblicas como base do viver. Avivamento ético.
• Terá a maior alegria em saber que já recebeu sua herança no céu, mas vive a comunhão com seus irmãos desde agora.
• Sentirá e transmitirá a certeza de ter e viver o Espírito. É convicto de ter sido batizado no Espírito, na conversão, vive cheio de graça e poder, e quer mais.
• As suas experiências são importantes, mas a referência delas é a Bíblia.
• A santidade será seu lema e levará outros a vivê-la saudavelmente.
• Será compreensivo com aqueles que se sintam fracos e/ou em pecado.
• Faz do seu viver algo para Deus e não vive obsecado, achando que tudo é pecado e vendo Satanás em tudo à sua frente.
• Seu louvor e espontâneo e sua adoração é sincera; não está preocupado com formas, bitolas e condicionamento do dirigente.
• Tem profundo amor por missões e vive discipulando e partilhando a sua f.
• Exercita os dons espirituais que tenha recebido sem vanglória e se firma nos frutos como expressão da vida espiritual.
• Vive com toda emoção a sua fé, sabendo que a sua alegria pode ser sem exagero.
• Não vive buscando experiência ou novo batismo ou mesmo bênção, por já viver no Espírito e estar de posse de todas as bênçãos (Efésios 1.3).
• Não vive de igreja e de movimento em movimento, mas vive a sua fé para crescimento do Corpo de Cristo, na igreja local.
• Não faz do seu viver um “punhado de regras” e preconceitos em nome da santidade,
• Não teme a perda da salvação, para que sirva de base à santidade.
• Crê ainda mais no poder que Deus de curar, mas não faz disso uma obcessão, como se fosse um compromisso inalienável de Deus conosco.
• Crê que as profecias bíblicas e as revelações bíblicas são indispensáveis ao bom viver cristãos e não vive angustiado por novas revelações, visões e profecias de fatos comuns (viagens, etc).
• Reconhece a enorme lista de dons espirituais e confere a Deus, por seu Espírito, o poder de administrá-los.
• Não fica obsecado por dons preferenciais – CURAR, PROFETIZAR, MARAVILHAS E REVELAÇÕES, esquecendo mais de vinte outros dons. Faz-nos confessar a soberania de Deus em tudo e jamais por manipulações pessoais.
• A oração não será medida pelo tempo, choro ou aflição, como orar para que Deus responda. Deus já ouve a sua oração. Você é que pede mal. Não são cultos exclusivos ou vigílias rotineiras que trazem “uma bênção”.
 
O que cremos.
• Cremos na finalidade evangelística do Dom de línguas e não necessariamente de Edificação para a Igreja (Pentecoste-Cornélio), nem como evidência do batismo no Espírito Santo.
• Cremos que Satanás se aproveita dos momentos de enfermidade para nos tentar, mas que tudo acontece por permissão de Deus, e este é soberano. As doenças tem várias procedências: pecado pessoal, pecado da raça e franqueza generalizada; pecado social (como a fome que mata milhares de crianças) disfunção orgânica, porque o nosso corpo não é eterno.
• Cremos que não podemos manipular Deus quando pedimos, como se nossa insistência amolecesse a Deus. Ele é soberano e atenderá quando quiser, se quiser e se tiver um propósito naquela vida. Assim, crentes fiéis morrerão de câncer ou atropelados ou cairão de alguma escada. Não existem orações para, de qualquer modo, impedir processos de recomposição. Se cremos que Deus pode, deixemos que ele faça. Peça somente. Não prometamos. As promessas são de Deus.
• Cremos no jejum que o crente fizer espontaneamente, sem avisar para ninguém, nem aparentar, nem se gabar que conseguiu algo. Não cremos em jejum programado para a Igreja ou grupo. Jesus disse: “Quando jejuardes”. Disse que há “casta que só se expulsa com muito jejum”., mas não existe recomendações às igrejas de jejum, como um programa de santidade ou que faz conseguir uma bênção especial.
• Cremos que os crentes verdadeiros estão guardados em nome do Pai (Jo 17.11); em segurança(Jo 17.12); em alegria(Jo 17.13); em pureza(Jo 17.15); separados do mundo(Jo 17.16); no processo de santificação(Jo 17.17); em serviço ativo(Jo 17.18); em unidade perfeita(Jo 17.20,21); para a glória do Pai(Jo 17.22-24).
 
O que não cremos
• Não cremos em novo batismo no Espírito Santo, do crente, depois de genuinamente convertido. Há falsos crentes que nunca se converteram, então pode ser um batismo. Há crentes batizados na conversão e relapsos na vida e precisam de santidade e plenitude do Espírito Santo. Não existe no Novo Testamento recomendação de buscar batismo. O que existe no pré-pentecoste não pode ser aplicado depois que já veio, e veio ficar conosco para sempre. Fomos selados nele para a Redenção, é o que diz a Bíblia. Selado é garantido e não rotulado.
• Não cremos na evidência obrigatória de falar línguas como prova de que foi batizado no/ou com Espírito Santo. Jesus é quem batiza e, portanto, a Igreja não é o Espírito Santo. Jesus é quem batiza e, portanto, a igreja não é o Espírito Santo, mas a Trindade atuando em glória. O Dom de línguas, que pode ser usado quando Deus desejar, será com fins de Evangelização. Não existe “ línguas dos anjos” na Bíblia. Há anjos falando a pessoas e Paulo dizendo “ainda que eu falasse a língua dos anjos”. Jesus, João Batista, Paulo e tanto outros foram poderosos, cheios do Espírito Santo e não falaram em línguas. No dia de Pentecoste 120 receberam, mas nada se diz dos 3.000 que se converteram à mensagem de Pedro, dizendo que aquele sinal que eles viram nos 120 acompanhariam aos que crescem ali e no futuro. Pentecoste não se repete, assim como não se repete a morte de Jesus Cristo na cruz.
• Não cremos em saudações que sejam tidas como bíblicas e, portanto aquela a que se deve usar: não existe esta recomendação da necessidade. Saudar é uso internacional e antigo. Se a PAZ DO SENHOR, GRAÇA E PAZ, QUE DEUS NOS ABENÇOE... devem ser usados com alegria e sem imposições.
• O louvor alegre não deve ser levado a rítmos alucinantes e frenéticos e nosso desejo de usar o corpo e as mãos deve ser feito com decência e ordem e sem imposições como forma de receber uma bênção de Deus ou de de-monstrar alegria.
• A santidade não será tratada como esquisitice. A imposição de não usar calças compridas para mulheres, não jogar ou assistir futebol, não usar jóias ou cosméticos, não ter mais TV ou som em casa, não ler jornais e revistas, é puro fanatismo sem valor.
• A arrogância deve ser repelida, pois não conduz à santidade. Já temos exemplos demais de “líderes espirituais” arrogantes que arvoraram uma fé inabalável, curas, milagres, poderes e se encontravam enlameados no pecado. A arrogância não se coaduna com viver santo e neste pecado muitos estão caindo.
• Não cremos em avivamento que fazem do crente uma pessoa estranha a seus irmãos, não aceitando mais as formas de culto da sua congregação ou não dando importância a elas, mas só ao que ele satisfaz emocional-mente.
• Não cremos em movimentos pára-eclesiásticos em nome do Espírito Santo que tiram as pessoas do seu contexto para programações especiais, já sendo parte da vida das igrejas.
• Não cremos em vida espiritual que não esteja ligado à vida de uma igreja local, perfeitamente entrosada com um grupo evangélico.
• Não cremos no uso da Bíblia como “massagem” de saúde, nem óleos santos e coisas ungidas para abençoar. Isto é exploração pessoal e financeira.
• Não cremos em avivamentos em que os pais vive vigorosamente e os filhos na perdição. Uns para o céu, outros para o inferno. Isto decorre da visão distorcida de santidade que faz lançar os filhos mais depressa no mundo.
• Não cremos em avivamentos cujos participantes, em forma de movimento, procuram dividir as suas igrejas ou desestabilizar as doutrinas reconhecidas pelo grupo como verdadeiras e nelas vivendo eficazmente há anos.
• Não cremos também que os crentes que passem problemas sejam somente porque pecaram ou estejam servindo a Santanás ou não tem fé. Ë comum se ouvir essas heresias. O crente passa por aflições e enfrenta fracasso na vida espiritual. Crentes são curados e crentes não são curados. Não assumimos nenhum compromisso de cura na nossa salvação.
• Não cremos em confissões escandalosas que revelam segredos da comunidade ou expõem a própria pessoa por seus pecados íntimos perante um grupo como prova de santidade. A confissão pode ser revelada intimamente a Deus, se assim foi ou dois ou a três ou à igreja, se aconteceu nesses níveis. Nenhuma confissão pública deve trazer intimidades vergonhosas. Porém, quem faz estas revelações tristes não é o Espírito Santo, mas as emoções em desequilíbrio.
• Não cremos em orações todas feitas de uma só vez sem que ninguém se entenda e capazes de parar de uma só vez ao toque de uma campainha. Devemos todos ouvir as orações e reforçar com amém convicto (é verdade/assim seja). Nem cremos em pregações feitas em que as pessoas não ouvem nada, só falando exaltações a Deus e sem saber o que foi dito pelo pregador.
• Não cremos em “rezadores evangélicos”, ou seja, pessoas entre nós especializadas ou dotadas por Deus diante de quem todos levaremos nossos doentes. A Bíblia dis que a oração do justo pode em seus efeitos. Paulo morreu com o “espinho na carne” , sem cura, nem quem curasse e morreu satisfeito com “a minha graça te basta”.
• Não cremos em testemunhos fantasiosos que exaltam mais a pessoa do que a Deus.
• Não cremos em revelações do tipo “tive um sonho e hoje não vou sair de casa” , “Meu carro se quebrou e Deus está me revelando algo!”.
• Não cremos em não ser previdente, fazer mal às coisas para lançá-las em Deus. Quem vai sair com seu carro deve verificar freios, descansar bem, ver documentos, combustível, se responsável em tudo o que faz e não ser irresponsável em busca de experiência.
• Não cremos em crentes espirituais que não amem a evangelização, que não ajudem a sua igreja a sair às ruas discipulando.
• Não cremos em crente espirituais que não sejam dizimístas, que não dos seus bens para a obra de Deus.
• Não cremos em crente espirituais que não se finquem no sério da vida de namoro, noivado e casamento. Que se ajunta para querer viver na igreja sem se casar ou que não paga contas ou que a vida fica exposta às acusações do mundo.
• Não cremos que crente verdadeiros, nascidos de novo, filhos de Deus, possam ser tomados pelos demônios. O crente pode até ser oprimido, perseguidos, mas nunca pode ser possuído por demônios. Nos diz a Bíblia que os santos  são: aflingidos, na medida da permissão de Deus, Jó 1.12; 2.4-7; Tentados I Cr 21.1; I Ts 3.5; mas nunca possuídos. Nos diz a Bíblia que “...Aquele que nasceu de Deus... o maligno não lhe toca.” ( II João 5.18b).
 
Conclusão
Deus quer nos fazer cristãos mais úteis. Sem novo batismo, sem obcessão por novas línguas, curas e milagres e esquecer todos os outros dons. Sem acusações aos irmãos mais fracos por falta de fé ou coisa parecida.
 
Declaramos nossa convicção nas maravilhas evitando sempre o fanatismo, histeria e alucinações. Este é o perigoso. Todo radical é perigoso.
 
Recomendamos a leitura diligente de Colossenses 2.4-23 sobre a advertência quando às falsas doutrinas, destacando os versículos 6,8, 16 e 23, e Efésios 4.14-16 sobre a maturidade cristã.

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