quinta-feira, 5 de junho de 2014

O PERIGO DA PRÁTICA DO OCULTO NA IGREJA

Textos: I Tm 4.1; II Co 11.14
 
Introdução
Vivemos dias difíceis e delicados quanto as questões bíblicas, doutrinárias e litúrgicas.
 
O sincretismo tem tomado conta de muitas igrejas.
 
Tem sido difícil definir e distinguir as práticas do cristianismo, das práticas do espiritismo.
 
Tem sido difícil diferenciar a prática cristã, das práticas religiosas orientais, ocultistas, alquimistas e xamanistas.
 
Aliás, poucos cristãos tem alguma informação sobre as práticas que acabei de mencionar.
Na verdade, existe no meio cristão um grande perigo. O perigo da prática do oculto dentro da igreja.
 
Hoje é normal ouvirmos sobre:
A prática da transformação de dentes normais em dentes de ouro;
A prática da cura através do anjo de luz;
A prática de métodos que devem ser usados nas orações;
A prática da recitação de palavras chaves para a obtenção de algo desejado;
A prática do uso da quarta dimensão;
A prática da teologia da prosperidade;
A prática da confissão positiva;
A prática da invocação do Espírito Santo e do próprio Jesus Cristo.
 
Todos nós certamente já ouvimos algo a respeito.
No entanto, poucos sabem da implicação e do envolvimento de tais práticas tão comemoradas no meio evangélico.
 
Pouca gente sabe que tais práticas estão com suas raízes nas religiões antigas e naturalistas; religiões orientais; xamanismo; alquimia; ocultismo; cientismo; espiritismo; feitiçaria; magia e idolatria.
 
Na realidade, reina em nosso meio, um alto grau de sentimentalismo, sem que a razão tenha a mínima influência.
 
O que é pior, a desinformação, ingenuidade e ignorância tem crescido a cada momento.
 
Com isso, temos sérias dificuldades.
Temos dificuldade para encarar a Bíblia, as doutrinas básicas do cristianismo e as práticas genuinamente cristãs.
 
Daí, nossa intenção de passar algumas informações básicas. Informações que servirão também de alerta para cada um que se encontra aqui e tem convivido com muita coisa que tenho mencionado.
 
Para tanto, usaremos como base os textos bíblicos que se encontram em I Tm 4.1; II Co 11.14.
 
Daí, concluímos: o perigo do semi-oculto e do oculto nas práticas atuais da igreja é uma realidade.
Infelizmente, alguns cristãos que experimentaram milagres genuínos freqüente-mente cedem à tentação de serem capazes de controlar a ocorrência e o aumento do poder de Deus por meio de métodos, princípios e leis.
 
E aqui surge a idéia de colocar Deus numa caixa na qual ele é obrigado a responder de maneira pré-determinada o pensamento positivo, o pensamento da possibilidade, a confissão positiva, bem como a visualizações e afirmações.
 
É aqui que começa a sede pelo extraordinário. E sem perceber, muitos em “nome do Deus verdadeiro” estão transpondo as fronteiras do ocultismo.
 
E quando isso acontece, as conseqüências são terríveis.
 
Vejamos:
01. VALORIZAÇÃO DE ATALHOS EM LUGAR DO VERDADEIRO CAMINHO
Sabemos pela experiência cristã que não há uma maneira rápida e fácil de obtermos uma verdadeira espiritualidade.
 
Na realidade, há um longo processo de santificação graduado que é necessário ser percorrido. Ninguém chega a plenitude ou a maturidade de uma hora para outra.
 
No entanto, notamos que muitas pessoas, mal preparadas para o caminho árduo, presas a vícios, tem corrido para um método rápido de desenvolvimento espiritual.
 
E aqui é que acontecem as experiências marcantes e extraordinárias.
 
É aqui entra o sensacionalismo e a experiência individual começa a sofrer uma super valorização.
Essas experiências muitas vezes podem substituir o verdadeiro caminho da maturidade cristã, proposto pela Bíblia.
 
02. ABERTURA PARA A INVASÃO DE PODERES DEMONÍACOS
As experiências vividas por várias pessoas que buscam atalhos na vida espiritual abre uma porta larga para as manifestações diabólicas.
 
Os cultos “carismáticos”, são similares aos cultos do espiritismo. As manifestações diabólicas causam contorções da face, perda de controle sobre os músculos, transe, línguas, profecias, visões e curas.
 
Isso quer dizer que os grupos carismáticos são propícios para tais manifestações.
 
As profecias bíblicas indicam claramente que os últimos dias serão caracterizados por um invasão dos poderes diabólicos.
 
Segundo Ap 18.3 e 16.13,14, a base do anti-cristo se encontra na execução de milagres e poderes fabulosos.
 
A promoção do culto ao demônio no qual os poderes operantes serão extra e sobre-humanos, impressionarão profundamente os céticos.
 
O que é pior, o mundo aceitará alegremente aos pés do anti-cristo, como o senso de auto-realização.
Em Ap 3.20 fica claro que nos últimos dias haverá um falso cristianismo. E é certo que esse falso cristianismo terá como base a prática do oculto e do misticismo pervertido, que passará para trás o ceticismo, dando lugar a falsa espiritualidade.
 
03. A INFILTRAÇÃO DE GRANDES HERESIAS
Com a prática do oculto surge a infiltração de heresias no seio da igreja.
 
E se tem uma coisa que mais estamos vendo em nossos dias é a heresia e o ensino distorcido.
 
Eis alguns exemplos:
• Corrupção religiosa.
• Aliança entre o santo e o profano.
• Falsa cristandade, tendo como núcleo as práticas das religiões orientais, em especial o hiduísmo.
• A substituição de verdadeiro pelo falso.
• A forma de expressão do cristianismo tendo como base formulas e experiências meramente pessoais.
• uso da força metafísica, ou melhor, a Confissão positiva.
• As práticas religiosas antigas e condenadas pela Bíblia, como por exemplo: DÉSPOTAS; ALQUIMIA; CIENTISMO; MISTICISMO; BRUXARIA E ESPIRITISMO.
 
04. INSENSATEZ, INCOERÊNCIAS E DESILUSÕES
a) Insensatez e incoerência
Vemos muitos crentes que estão rejeitando (acertadamente) horóscopos, cartomancia, leitura de mão, adivinhação e promessas aos mortos, mas no entanto, aceitam uma forma muito mais forte e pervertida do oculto em sua práticas religiosa.
 
b) Desilusão
A desilusão vem quando é atribuído a Deus e ao Espírito Santo algo que de fato não é.
E aqui pode ocorrer duas coisas:

Primeira, a experiência “espiritual” tem como fonte o psiquismo.

O psiquismo pode ocorrer através do hipoexitação e da hiperexitação, causando assim, o que chamamos de PSEUDOMISTICISMO.
 
Quando tal coisa acontece?
A HIPOEXITAÇÃO é o estado de ondas celebrais diminuídas, causando também a diminuição dos movimentos oculares.

A HIPEREXITAÇÃO é o estado de ondas celebrais aumentadas, que por sua vez aumentam os movimentos oculares.
 
Tanto na HIPOEXITAÇÃO como a HIPEREXITAÇÃO levam o indivíduo a ter visões, alucinações, transe e ataques.
 
O interessante é que a HIPOEXITAÇÃO vem através da meditação ou do uso de drogas e a HIPEREXITAÇÃO vem através de estimulantes, uso de drogas ou qualquer forma de agitação,  som muito alto, gritos acompanhando de movimentos e música rápida e rockana.
 
Segundo a experiência “espiritual” tem como fonte o engano e a sutileza satânica.
 
Essa sutileza vem através da idolatria cristianizada, a qual o apóstolo Paulo nos alerta em I Co 10.20.
 
Conclusão
A falta de apego ao estudo da Bíblia, a mal formação de pastores, a adesão e aceitação de pastores gananciosos, a frouxidão doutrinária e disciplinar, a sede pela experiência extra-humana e a busca do sobrenatural tem sido algumas das razões que tem levado a igreja evangélica a correr o risco do sincretismo religioso, a exemplo da Igreja Católica primitiva que se corrompeu em fazer alianças com os deuses pagãos.
 
A Igreja Católica, hoje conhecida como Igreja Católica Romana, se prostituiu quando fez aliança com o paganismo grego-romano, enquanto que a Igreja Evangélica de hoje tem se prostituído, fazendo aliança com as práticas espiritas e orientais.

Devemos ser corajosos o bastante para afirmar que de modo geral, os processos espirituais e históricos tem deixado de lado este modo de espiritualidade proposto e procurado por muitas igrejas.
 
Creio que deve haver algo melhor, algo mais seguro, algo menos sujeito às infiltrações e imitações de Satanás.

O POTENCIAL DO CONFLITO HUMANO

Todos nós sabemos que o conflito entre pessoas é tão antigo quanto a existência humana. Mas mesmo assim, muitas perguntas nos desafiam a uma reflexão. Entre essas perguntas, podemos destacar as seguintes: Por que muitos cristãos acham que um dos maiores problemas que o povo de Deus enfrenta é o conflito entre líderes? Por que a Igreja precisa ser um campo de discórdia? Por que muitos dos filhos de Deus encaram a palavra conflito como sendo diabólico?
 
É bom e agradável que os irmãos vivam em união, mas no dia-a-dia nem sempre isso acontece. Ás vezes ouvimos uma pessoa casada gabar-se de que ela e seu cônjuge jamais brigaram.
 
As pessoas que ouvem e param para pensar um pouco, reconhece pelo menos duas possibilidades por trás de tal declaração. Primeiro,  que a afirmação seja uma mentira, ou, segundo, que um dos dois parceiros não tenha idéias, aspirações, senso de valor e personalidade.
 
Se sabemos que o conflito é inevitável no relacionamento mais íntimo, que é o matrimônio, então por que fugir da idéia de conflitos entre os profetas de nosso Senhor?
 
Infelizmente alguns cristãos deram ao conflito humano apenas o lado negativo. Negaram o fato de que o conflito pode ser positivo, transformando-se em um potencial útil, desde que bem administrado.
 
Todos os profissionais que estudam o comportamento humano são unânimes em afirmar que é o elemento de conflito genuíno e honesto que ocasiona o crescimento dos indivíduos.
 
É no conflito que os indivíduos aprendem a dar e receber, a assumir compromissos criativos e corretos. Através do conflito, os relacionamentos buscados de maneira apropriada tornam-se fortes.
 
Aqui encontramos uma verdade que poucos conseguem enxergar: a idéia de unidade de propósito pode ser reforçada por meio de um conflito.
 
Os relacionamentos crescem ou desmoronam, não por causa da presença ou ausência de conflitos, mas pela maneira de lidar com eles. Para alguns cristãos a divergência significa rejeição. E aí,  todas as suas inseguranças vem à tona, surgindo daí o reforço de suas defesas.
 
Esses cristãos são incapazes de receber um ataque a suas idéias, sem se sentirem atacadas elas mesmas. Quando a pessoa de sente atacado, a defesa passa a qualquer custo a ser a regra áurea, gerando como resultado um grande dano, tanto para o que se defende, quanto para o antagonista.
 
É preciso que fique bem claro que apenas os que tem uma maturidade psicológica espiritual pode usar o conflito de maneira criativa. Quem não tem essa maturidade, sempre usa o conflito para destruir.
 
O conflito é provocado na verdade devido o fato de muitas igrejas não adotarem a prevenção contra conflitos. Quando as responsabilidades do líder não são definidas e o fluxo da autoridade permanece ambíguo, não é de admirar que os membros da liderança se choquem entre si quando executam suas tarefas. Em muitos casos, elaborar aquelas especificações e traçar aquele organograma continua a ser algo que pode ser feito depois. Enquanto isso, aparece o conflito.
 
Existem também o problema da programação. Cada membro da liderança de-monstra seu valor à congregação quando realiza programas bem-sucedidos e bem-freqüentados na área do ministério que atua.
 
Quando um ensaio do coral coincide com uma reunião de planejamento da Escola Bíblica Dominical, surge uma crise. Esse problema de programação é produzido pelo menos por duas causas definíveis e corrigíveis. Ou brota de uma falta de coordenação, ou então resulta de uma tentativa de produzir uma quantidade excessiva de programas em relação ao tempo disponível dos membros da igreja.
 
Uma outra razão para o surgimento de conflitos já é menos controlável. Por al-gumas razões, que não cabe discutir aqui, uma percentagem significativa de cris-tãos(pastores e membros de igrejas) tem uma necessidade de aprovação e de ouvir elogios que engrandeçam a sua pessoa.
 
Com esta necessidade embutida em sua personalidade, esses cristãos estão sempre procurando proteger-se e com isso provocam conflitos. Quando há uma auto-proteção, o ciúme apodera-se da pessoa causando assim a incapacidade para o regozijar-se com os que se regozijam, ou melhor, a vitória de outra pessoa significa a minha derrota, a sua derrota, às vezes, a minha vitória.
 
Os métodos para lidar com o conflito são poucos. As instruções mais práticas estão na Bíblia. Foi Jesus Cristo que ordenou a integridade pessoal e o encontro direto.
 
No conflito é preciso ter integridade para confessar que você está em falta com o seu irmão, e é preciso ter coragem para buscá-lo e procurar reconciliar-se. Por mais estranho que possa ser, na instrução bíblica existe uma técnica que não falha. A técnica que pode ser vista no ensino de Jesus Cristo se resume assim: quando alguém achar que algum irmão tem algo contra a sua pessoa, esta pessoa deve procurar aquele irmão.
 
No ensino de Jesus Cristo não há qualquer orientação para a pessoa se ocupar na colocação de culpas em alguém. É um ensino direto a respeito da primazia da comunhão. Ele também presume a natureza sensível do cristão em sua habilidade de tomar, por iniciativa própria, o caminho da reconciliação. É preciso notar algo que é muito importante, a saber: guardar mágoa ou provocar a ira de outrem é frontalmente contrário ao mandamento de nosso Senhor.
 
Na resolução do conflito devemos excluir o método da contradição, que infeliz-mente é o mais popular e destrutivo, adotado pelos cristãos em geral. O método consiste na idéia de que o povo de Deus fracassa quando entra em conflito consigo mesmo. Essa idéia nos torna mais fracos; mas pior do que isso, faz com que mintamos a nós mesmos. Proferimos amor e harmonia quando nosso interior está sendo roído pela animosidade. Apresentamos uma falange sólida à congregação, quando a briga entre a liderança é sangrenta.
 
Diante do que foi apresentado temos mais algumas perguntas, para futuras reflexões. Quando é que vamos aprender que a insinceridade com nós mesmos pode destruir-nos? Quando seremos fortes o suficiente para reconhecermos que somos humanos e não temos vergonha disso? Quando vamos ter a capacidade para reconhecer nossos conflitos, para que possam ser resolvidos?

RESPOSTAS PARA AFIRMAÇÕES DE ALGUNS PENTECOSTAIS EM RELAÇÃO AOS BATISTAS

Ao longo da minha vida cristã ouvi e ainda ouço algumas afirmações de "irmãos" de igrejas pentecostais, neopentecostais e renovadas direcionadas aos membros da igreja batista.
 
Colhendo essas afirmações formulei algumas respostas que normalmente dou para aqueles que de uma maneira ou outra querem tirar proveito e fazer proselitismo desrespeitando  a minha liberdade religiosa, bem como desprezando a minha capacidade de julgamento e entendimento das Escrituras Sagradas.
 
Vejamos as mais comuns:

A IGREJA BATISTA NÃO TEM PODER.
O que é poder?
É gritaria, barulho, sensacionalismo visto na maioria dessa igrejas de hoje?
O poder de Deus se manifesta de várias maneiras. Os maiores milagres acontecem quando ninguém consegue visualizar.
 
O emocionalismo, gritaria, barulho e o sensacionalismo, e, principalmente o que é visto em muitas igrejas hoje,  não servem como parâmetros para medir o poder de Deus.
 
A coisa tá mais para macumba, espiritismo, esoterismo, histerismo do que para o poder de Deus.
 
A IGREJA BATISTA NÃO DÁ GLÓRIA A DEUS. NÃO TEM O PODER DE DEUS.
A glória a Deus pode ser dita com palavras e atos.
Numa igreja batista não é proibido nenhuma expressão que glorifique a Deus. Mas é preferível expressar glória a Deus com ações do que com meras palavras.
O que se requer numa igreja é ordem e reverência
Quando foi que barulho é tido como sinal absoluto da presença de Deus. A mani-festação de Deus não pode ser medido por barulhos ou gritarias. Pois se fosse assim, os blocos de carnaval estavam poderiam ser usados com exemplo.
Quem faz barulho é lata vazia.
 
A IGREJA BATISTA É FRIA.
O que é ser frio?
O costume de uma igreja não diz muito de sua sinceridade. O emocionalismo em extremo impede a compreensão da verdade.
Temos costumes diferente, mas isso não indica frieza espiritual, teologicamente falando.
Deus não é surdo. O Deus que servimos nos escuta em qualquer situação. Somos educados, reverentes e temos o costume de refletir naquilo que ouvimos.
Em lugar de frio, preferimos: somos cautelosos.
Entendemos que o culto é individual e não uma mera influência emocional provocada.
 
A IGREJA BATISTA É IGUAL A IGREJA CATÓLICA
Quem diz tal coisa não conhece nem a igreja católica e nem a igreja batista.
O quem define se uma igreja é bíblica ou não é a doutrina que ela professa. Nossas doutrinas são bíblicas.
Se temos costumes, práticas e hábitos deferente, isso não deve ser levado em conta para a afirmação de que nós somos iguais aos católicos.
Quem afirma tal coisa no mínimo é mentiroso.
E sabe de uma coisa? É mais fácil doutrinariamente que um membro de igrejas pentecostais, aceitar as doutrinas católicas e suas práticas do que um batista.
 
O cristão batista é livre, democrático, lúcido,  tem o Espírito Santo, sabendo  o que quer e não dependendo de vigias espirituais.
 
Aliás nos movimentos carismáticos católicos acontece muito dos que já é praticado nas igrejas que se dizem pentecostais.
 
Aconselhe o “irmão” pentecostal que afirma que o cristão batista é igual ao católi-co a conhecer melhor a doutrina ensinada pelos batistas, pois talvez isso evite que ele continue na prática da mentira.
 
A IGREJA BATISTA NÃO EXPULSA DEMÔNIO
Não expulsa por que não tem. Os cristãos batistas se reúnem para cultuar a Deus, louvar o nome do Senhor e não ao Diabo e aos demônios. Mas quando aparece, ela também expulsa. Vai lá.
Nosso compromisso é com a pregação do evangelho(Mateus 28.19-20). Levar al-mas ao pés de Cristo. Quando isso acontece não demônio que resista.
 
A IGREJA BATISTA NÃO DÁ A PAZ DO SENHOR
Jesus ensinou que devo saudar com paz todas as pessoas e não somente aos meus irmãos. O fato de se exigir que a saudação seja obrigatória somente entre os irmãos fere o ensino de Jesus Cristo(Mt 5.47).
 
A saudação deve ser expontânea e conforme a cultura de cada povo. O que existe por ai é invenção.
Quem quer saudar alguém com formulas preparadas(“Paz do Senhor”; “Paz e Gra-ça”, etc, etc)  que saúdem. Quem quer criar uma outra formula que crie. Mas nin-guém venha dizer que é um ensino bíblico, nem que isso evidencia um cristão, pois não é verdade.
 
E tem mais. Se criar uma regra de saudação, tal regra não pode contrariar os en-sinos de Jesus Cristo em Mateus 5.47; 10.11-13.
 
A IGREJA BATISTA NÃO TEM A PAZ DO SENHOR
A paz que nos pertence deve ser exteriorizada. Isso através da compreensão da paciência, do respeito e diálogo e isso são coisas raras entre os membros de al-gumas pentecostais. O que existe e o que é visto é a alta capacidade desenvolvida para o julgamento, discórdia e falta de educação.
 
A paz deve ser sincera e não hipócrita. Deve ser uma paz sem esperar um retorno.
Dizer “a paz do Senhor” não é tudo. É  necessário viver em paz consigo e com os outros.
 
Conheço alguns crentes que não tem paz nem para os seus familiares, vivem como cão e gato e saem por ai, “paz do senhor, paz do senhor”. É brincadeira.
 
A IGREJA BATISTA NÃO TEM O ESPÍRITO SANTO
Quem afirma tal coisa é mentiroso. Temos bases sólidas sobre a doutrina do Espí-rito Santo como todo. O certo seria afirma que temos divergência na doutrinas do Espírito Santo,  na área tal e tal e não afirma que não cremos no Espirito Santo.
 
Uma coisa é séria: quem tem o Espírito Santo não mente, e quando não sabe das coisa é honesto e fica calado.
 
Aconselho que conheçam nossa declaração de fé e vejam nossa posição sobre o Espírito Santo.
Nossa visão se resume no seguinte: “somos habitação do Espírito Santo”. Ainda quer mais?
 
A IGREJA BATISTA NÃO OPERA MARAVILHAS
O que é operar maravilhas? É a prática sensacionalista, mística e sincretistas prati-cadas em muitas igrejas hoje?
Qual é a missão maior da igreja? Será o espetacular?
Quantas tem realmente comprovação da seriedade dessas igrejas que fazem ma-ravilhas?
 
A transformação de vidas através da pregação do Evangelho é a maior maravilha que a igreja executa diariamente. Logo, nós estamos certos esse “irmãos” que afirmam tais coisa é que estão errados.
 
A IGREJA BATISTA NÃO TEM O PODER DO ESPIRITO SANTO
O poder do Espírito Santo não é patrimônio de homens nem de igrejas “grandes” ou que cresceram mais do que outras.
 
O Dom, bem como o poder de Deus é manifestado como o Senhor quer e não como alguns “irmãos” sem conhecimento bíblicos querem.
 
A prova do poder do Espírito Santo é nós é vista pelo da pregação do evangelho que pregamos. É vista através do nosso amor por missões, amor aos perdidos.
 
O fervor emocional não diz nada sobre o poder do Espírito Santo.
 
Se ter poder do Espírito Santo é gritar, pular, cair no chão, entrar em êxtase e falar palavras desconexas, os pentecostais tem razão, não temos.
 
No entanto, isso não nos preocupa pois, os centros espíritas, os terreiros de ma-cumba e os grupos carismáticos católicos também fazem a mesma coisa. Será que eles também tem o poder do Espírito Santo?
 
A IGREJA BATISTA NÃO FALA LÍNGUA ESTRANHA
Falar língua estranha? Qual o motivo de tal coisa em nossos dias?

Aliás, o termo não é estranha e sim estrangeira.
Nós não achamos necessário o Dom de língua onde todos falam a língua portu-guesa. Quer chamar a atenção? Quer se apresentar como espiritual? Então tudo bem, mas afirmar que é necessário falar em línguas estrangeiras quando todos só entendem e falam o português é no mínimo desperdício.
 
Engraçado, não sei o motivo de tudo crente pentecostal só pedem o Dom de lín-gua.  E os outros dons? O Dom de discernimento, da beneficência, do ensino, etc?
 
Alguns dizem, mas eu tive uma experiência. E daí? A minha experiência deve se enquadrar dentro do ensino bíblico, Deus é econômico, não faz as coisas sem sen-tido.
 
Quem falar em línguas, não sabendo o significado de tal fala,  deve calar, ficar em silêncio(I Co 14.28, 33), e, caso não se controle, fale em suas orações particula-res, sozinho, entre ele e Deus.
 
A IGREJA BATISTA NÃO TEM O FOGO DO ESPÍRITO
E é preciso ter fogo do Espírito? O que consiste ter o fogo do Espírito?
 
Segundo a Bíblia o cristão deve demonstrar os Fruto do Espírito santo (Gl 5.22). quem precisa de fogo é o ímpio e não o cristão.
 
Quem precisa de fogo é o homem que vive no pecado e não aquele que foi justifi-cado e santificado por Cristo(I Pe 1.13-25)
 
A IGREJA BATISTA É MUNDANA
O que é ser mundano?
 
Somos criticados por nossa maneira de vestir, calçar, pentear, etc, etc.
 
Eu conheço crente que usam veste longas, cabelos longos, não usam isso ou aquilo e no entanto, estão com a vida mais suga do que poleiro de galinha.
 
O que define se somos mundanos ou  não,  é a ética, a moral. O exterior pouco diz, e quando tal coisa acontece é uma conseqüência.
 
O que muitos estão pregando é o legalismo,  regras de homens e não da Bíblia.
 
Mundanismo é viver no roubo, na mentira, no engano, etc, conforme Gl 5.21; Cl 3.5-10; 12-17.
 
Muitos estão usado o roupa como desculpa para um viver segundo as obras da carne. Ou melhor, estão desviando a atenção do que seja realmente andar no Espírito.
 
O CRENTE BATISTA NÃO É SANTIFICADO
Será que não? O que nos santifica? Quem nos santifica conforme a Bíblia?
 
Somos santificados pois pertencemos a Jesus Cristo e mesmo com todos os nos-sos erros, somos amados pelo Mestre. E daí.

Quer defeito? Qual a igreja que não tem joio? Qual a igreja perfeita? Alguém se arrisca a dizer que é infalível e que não peca?
 
As regras legalistas que impostas em algumas igrejas tem diminuído as  exclusões,  pecado dentro da igreja e os escândalos, os casamentos antes do tempo certo?
 
USAR CALÇA COMPRIDA, USAR SAIA CURTA, BATOM, PINTAR UNHAM, CORTAR E PINTAR CABELOS, CORTAR  NÃO É COISA DE CRENTE
O modelo de cristão, de evangélica no Brasil é horrível.
 
As mulheres que fazem parte da igreja batista não são escravas do pastor e nem dos presbíteros. Elas são livres e conscientes.
 
A pastor e a liderança de uma igreja batista não gasta tempo vigiando os costu-mes e práticas pessoais. O fato de alguém usar isso ou aquilo não deve ser tido como base da confiança em Cristo.
 
Todos nós sabemos que tem gente ai que externamente é “modelo”, mas no seu interior é uma praga.
 
E o que é pior, existem aqueles que usam da piedade para fazer mal aos outros.
 
Não cabe ao pastor ou a igreja usar de regras para fazer isso ou aquilo. Cremos que todos os cristãos desfrutam da presença e orientação do Espírito Santo, logo o mesmo Espírito que faz com que eu veja o meu erro, vai também fazer o mesmo em outra pessoa.
 
Cultura, costumes e prática mudam de geração em geração. O Novo Testamento não nos ensina a andar como judeuzinhos.
 
Os textos usados pelos membros das igrejas pentecostais mais tradicionais e lega-listas, são usados indevidamente, o que comprova falta de seriedade e conheci-mento da hermenêutica e da exegese bíblica.
 
OS BATISTAS NÃO SÃO CRENTES
Diz-nos a Bíblia que o Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
 
Logo quem sabe se sou crente ou não, sou eu. Ninguém tem o direito de fazer julgamento a respeito.
A Bíblia diz que o verdadeiro cristão é conhecido pelo Fruto do Espírito Santo.
 
Nenhum batista tem salvação firmada em reconhecimento humano e sim, pela convicção encontrada na Palavra de Deus.
 
TEXTOS QUE TODO PENTECOSTAL DEVERIA LER ANTES DE FALAR DOS CRISTÃOS QUE FAZEM PARTE DA IGREJA BATISTA
Romanos14.1-22; 15.1-7; 16.17-20;
Gálatas 6.1-5;
Colossenses 2.8-10; 16-19.
Quem és tu que julgas o servo alheio?
 
Caso algum “irmão” pentecostal resolva julgar um cristão batista é bom que ele saiba de uma coisa: antes de julgar leia com atenção Romanos 14.1-12.

UMA RESPOSTA AO LEGALISMO DE ALGUMAS IGREJAS PENTECOSTAIS

 
A Bíblia proíbe que a mulher evangélica use joias, batom, calça comprida, ou corte o cabelo? “Sim”, dirão muitos. “Não”, dirão outros.
 
Nós os batistas desde muito tempo já temos nossa posição sobre o assunto. No entanto, somos criticados por nossa posição. Muitos nos chamam de liberais e alguns chegam a afirmar que nós somos iguais aos católicos.
 
Infelizmente alguns “irmãos” de igrejas pentecostais, neopentecostais e renovadas chegam a levantar falso testemunho contra os batistas, alegando para tal o fato de que somos apegados ao mundo devido nossa maneira de encarar a vida cristã.
 
Alguns “irmãos” pentecostais se tornaram especialistas em visitar os novos decididos da igreja batista para daí então, repassarem seus conceitos legalistas para aqueles que ainda não sabem como se defender.
 
O que fazem tais ‘irmãos”? Usam a Bíblia erradamente para daí criarem dúvidas na cabeça dos novos decididos. Alegam santidade absoluta. Alegam estarem com a verdade.
 
E como se fossem donos da verdade e sendo os únicos a conhecerem a Bíblia lançam suas ideias contra o uso de barba, bigode, joias, batom, unhas pintadas, calça comprida e corte de cabelos.
 
Alguns são audaciosos e lançam suas “experiências” tentando assim convencer os novos decididos a passarem para a sua igreja, que é sempre a mais santa, mas poderosa e sem nenhum problema moral.
 
Visando uma resposta para tais “irmãos” é que os argumentos que seguem devem ser usados, pois os mesmos estão baseados nos textos que eles mais usam para daí criarem dificuldades para os cristãos membros da igreja batista.
 
Para tal, resolvi transcrever como resposta para tais “irmãos” um artigo de Ricardo Gondim, uma pastor pentecostal que escreveu o livro “É proibido” . Transcrevo de propósito, exatamente para calar a boca de muito “santos” que criticam o uso de batom, de calça comprida, de etc., mas mentem, levantam falsos e não cuidam da língua.
 
‘... Depois de discorrer contra a barba, advertiu que não permitiria a quebra das tradições dos antigos fundadores daquela denominação. O ambiente fechou-se como se uma carregada tempestade estivesse pronta para abalar toda a igreja; Ezequiel, mais barbado ainda, levantou uma de suas mãos, pedindo a palavra. O pastor acenou que permitiria a pergunta logo que terminasse de dizer o seu recado repressivo.
 
Ezequiel, ao contrário do que se esperava, indagou com doçura; queria saber, não contestar: - pastor, há bases bíblicas para se proibir o uso de barba? Como podemos biblicamente condenar um jovem que deixe à sua barba crescer? – Indagou sem acrescentar uma nova ruga à sua testa sempre contrita.
 
Com essas duas perguntas baixou a mão e aguardou a réplica.
 
O pastor solenemente abriu sua Bíblia e com ares de vitorioso pediu ao coral que o acompanhasse na leitura de Gênesis 41.14:
 
Então mandou Faraó chamar a José, e o fizeram sair apressadamente da masmorra; ele se barbeou, mudou de traje e apresentou-se a Faraó.
 
O pastor explicou que José, preso em um calabouço no Egito, não pôde barbear-se por um longo período; no entanto, por ser homem de Deus, não quis dar um mau testemunho a Faraó. O que pensaria o rei ao ver um homem de Deus barbado? Assim, para comparecer à presença do rei, José barbeou-se como todo autêntico servo de Deus deve fazer. A maneira como desenvolveu seu raciocínio não apenas silenciou todo o auditório, como constrangeu Ezequiel. Sem ter como contestá-lo, todos aceitaram a argumentação; por outro lado, todos saíram amargurados. Aceitar não significa, necessariamente, convencer-se.
 
O pastor usou um recurso de argumento no mínimo desonesto. Retirou a passagem do contexto.
 
Desprezou centenas de outros textos nos quais homens de Deus aparecem usando barba. Além disso, exigindo uma adesão irrestrita aos seus argumentos, subestimou o bom senso de seus ouvintes.
 
Sempre que se faz uma abordagem casuística da Bíblia gera-se erro doutrinário. Uma falha desse tipo, apesar de não possuir a mesma gravidade de uma heresia, deve ser combatida. É verdade que errar na compreensão dos textos bíblicos é uma possibilidade a que todos nos sujeitamos; porém, quem tem compromisso com a verdade não pode tolerar inexatidão.
 
Todo cristão deve humildemente aceitar sua falibilidade, porquanto ninguém é onisciente. Sabemos em parte, não possuímos esse atributo divino que reúne todo o conhecimento. Ademais, somos pecadores. Nossos processos de aprendizagem e compreensão da verdade tem sido maculados pela queda original. Todas as vezes que abrimos a Bíblia, devemos admitir que nossa compreensão do que está escrito é parcial, falha e passível de incorreções.
 
Ninguém deve espantar-se porque há diversas interpretações sobre os ensinos da Bíblia. Cada pessoa filtra o que lê através de sua cultura, preconceitos e ensinos que lhe foram passados por outras pessoas. Não sendo Deus autor de confusão (I Co 14.33), sabemos que a falha em não compreender corretamente o texto não é dele ou da Bíblia. A falha é nossa; simplesmente usamos nossas lentes da tradição e de nosso preconceito.
 
Uma das máximas da Reforma Protestante do século XVI consistiu no princípio de que todo cristão tem o direito de interpretar as Escrituras sem o cabresto de uma elite religiosa. Esse direito, certamente influenciado pelo ambiente da Renascença, dá a todos os indivíduos liberdade de lerem e entender o texto segundo sua própria determinação. Essa faculdade, entretanto, pode gerar compreensões díspares, radicalmente contrárias entre si.
 
Os reformadores, ao proporem o direito individual de interpretar a Bíblia, não pretendiam gerar uma barafunda doutrinária. Eles também apresentarem outro princípio quando colocaram as Sagradas escrituras nas mãos do povo.
 
Os reformadores ensinavam que há uma verdade objetiva nos livros sagrados. Isso significa que, quando lemos um referido texto, podemos entendê-lo à nossa maneira, mas a verdade nele contida não depende de nossa interpretação. Em outras palavras, um texto não deixa de transmitir a mensagem que seu autor pretendeu só porque gostaríamos que ele significasse outra coisa.
 
Quem lê a Bíblia pode encontrar milhares de aplicações para um determinado texto, mas deve achar apenas uma interpretação. Deus não concede a ninguém o direito de distorcer o significado da Escritura. Essa ciência de compreender e interpretar corretamente o texto chama-se Hermenêutica.
 
Quando se violam as regras de hermenêutica, dependendo da gravidade da infração, geram-se erros ou heresias.
 
Pela falta de fidelidade à hermenêutica, muitos textos da Bíblia são lidos e comumente distorcidos para se moldarem à doutrina de uma denominação. Às vezes, violam-se regras básicas e, quando fica óbvio demais a ponto de não ser possível o uso da Bíblia para autenticar doutrinas humanas, advoga-se que estas advêm da tradição da igreja. Tais doutrinas por assim desejarem seus sectários, devem se obedecidas por seus membros sem quaisquer indagações.
 
No Brasil, repete-se muito esse recurso autoritário, muitas vezes irracional. Há líderes, apoiando-se na autoridade de seus cargos e títulos, exigindo que seus pontos de vista sejam admitidos sem qualquer argumentação. Ordenam que os crentes cometam uma espécie de suicídio intelectual em nome da tão aclamada ‘submissão”.
 
Veremos abaixo alguns textos que servem de apoio às doutrinas anacrônicas sobre usos e costumes nas igrejas.
 
O BEZERRO DE OURO NASCEU DA VAIDADE?
Algumas igrejas evangélicas usam o texto de Êxodo 32.2 com o argumentação de que as jóias das mulheres judias foram pedra de tropeço para o povo judeu.
 
Nessa linha de raciocínio, afirma-se que o ouro que os judeus saquearam do Egito só era útil para fazer ídolos. Sustenta-se que as mulheres que servem a deus hoje, ao usarem ouro, serão igualmente tentadas à semelhança do relato bíblico e ter-minarão edificando ídolos. Esse texto pode, de fato, ser alegoricamente usado para dizer que o uso de joias e adornos leva uma pessoa a rejeitar o deus verdadeiro e a reverenciar um falso deus.
 
Entretanto, entender o texto acima como sendo uma boa argumentação para considerar vaidade o uso de joias e adornos, significa descartar vários outros textos em que o mesmo ouro também foi usado para construção do tabernáculo (Ex 36.34-38), dos utensílios de culto e da própria arca do concerto (Ex 25.11-130.

O que se pode compreender dessa passagem é que o povo estava peregrinando no deserto sem a possibilidade de garimpar uma pepita de ouro sequer; sendo assim, qualquer objeto de ouro que se quisesse compor deveria ser doado pelas pessoas.
 
Quer dizer, o mesmo ouro que servia para fabricar um ídolo também era útil para confeccionar os querubins da arca do concerto. Para tal confira o texto que se encontra em Números 31.50.
 
O que deduzimos a partir desse texto é que o uso de joias em si mesmo não está errado. Nossas posses é que podem ter destino correto ou maligno, dependendo de onde e para onde está inclinado o nosso coração.
 
O TEXTO DE DEUTERONÔMIO 22.5 PROÍBE QUE AS MULHERES USEM CALÇAS COMPRIDAS?
Há igrejas que proíbem, terminantemente, às mulheres o uso de calças compridas. Utilizam, para tal, Dt 22.5. E agora?
 
Para entendermos o texto devemos considerar o seguinte:

Quais eram as diferenças entre as vestes masculinas e femininas nos dias de Moisés?
 
As palavras hebraicas usadas para denotar casaco, capa, cinto, são empregadas indistintamente tanto para designar vestes masculinas como femininas. Diferenciava-se o gênero de uma vestimenta como parâmetros diferentes dos nossos. Muitas vezes as roupas de um homem e de uma mulher eram exatamente iguais. Distinguia-se uma da outra, unicamente, pela finura do tecido usado para confeccionar as roupas das mulheres.
 
Daí, partimos para o nosso primeiro argumento:

O que uma sociedade estabelece como indumentária masculina e feminina não vale necessariamente para outra região geográfica.
 
O segundo argumento:
As roupas e tradições variam de geração para geração.
 
Exemplificando: Aquilo que se determinava como roupa masculinas duzentos ou trezentos anos atrás, pode ser hoje um traje muito afeminado, como é o caso das calças justas usadas pelos navegadores, ou dos brincos que os piratas ostentavam nas orelhas.
 
Na verdade quando Deus ordena que a mulher não se vista com roupas de homem, ele não está escolhendo certo tipo de roupa, mas apenas rechaçando o travestismo.
 
O ideal de Deus é que os homens queiram ser homens e as mulheres desejem ser mulheres. A mensagem de Dt 22.5 é um princípio e não uma lei sobre moda.
 
Não só isso. Quem tiver interesse em colocar em prática Dt 22.5, deve colocar em prática também 22.8-12 e 21.18-21(Veja os textos: os legalistas fazem o que re-comenda os referidos textos?). Bem como, deve colocar em prática também Levítico 19.19 e  Números 15.38. Alguém se arrisca?
 
O PECADO DE JEZABEL FOI O USO DE PINTURA;  MAQUIAGEM?
Muitos usam o texto de II Rs 9.30 para afirmarem que o que levou Jezabel a morte foi o uso de o pecado do uso de pinturas.
 
Quem faz tal afirmação nem conhece os costume dos reis e rainhas daquela época. E, o que é pior, não sabe interpretar a Bíblia.
 
Os pecados de Jezabel se encontra em registrado em I Rs 18.13,19; 21.8-15, 19,23; II Rs 9.22b(Assassinato, idolatria e feitiçaria).
 
Jezabel foi condenado pelo Senhor, não pelo fato de usar pinturas, mas pelo fato de apregoar a idolatria e praticar a feitiçaria.
 
A CONDENAÇÃO DAS MULHERES ALTIVAS DE SIÃO CONDENA O USO DE ADORNOS E ENFEITES?
O texto de Isaías 3.16-26 pode, numa leitura muito superficial, também aparentar que Deus está condenando o uso de adornos e enfeites nas mulheres de Sião.
 
Uma pessoa desarmada de preconceitos, entretanto, fica clara que a retirada desses enfeites veio como castigo de Deus por um outro pecado; andar de pescoço emproado, com altivez de coração.
O pecado aqui não é o ornamento, e sim a prepotência.
 
Contudo, pode-se ainda argumentar que foi o uso de joias e de adornos que tornou essas mulheres arrogantes e altivas. Sim, é verdade que uma pessoa altamente preocupada com jóias, moda e adornos, pode tornar-se ainda mais arrogante.
 
Mas a preocupação obsessiva com outros valores também pode gerar soberba.
Paulo advertiu a Timóteo que o amor ao dinheiro pode levar a um fracasso espiritual (I Tm 6.6-10). Provérbios ensina-nos que a comida, o sono(Pv 20.13) e o sexo(Pv 5.18-20), desde que mal usados por nós, também podem ser danosos.
 
Jesus, de igual maneira, mostra-nos que ofertar na igreja(Mt 6.1-4), orar a Deus(Mt 6.6-8), ou até mesmo praticar jejum(Mt 6.16-18), podem tornar-se grandes perigos espirituais.
 
Deve-se entender que, assim como ninguém de bom siso acha que o problema está no dinheiro, na comida ou no jejum, o problema não estava nas joias e enfeites, mas sim na atitude do coração daquelas mulheres.
 
Muitas vezes as pessoas cuidam de corrigir hábitos e tentam desesperadamente formular uma doutrina que conserte a tradição das pessoas.
 
O problema, porém, nem está naquele hábito ou tradição. Uma jovem rica pode não ter o seu coração voltado para joias; para ela o uso ou não de brincos pode não trazer consigo qualquer valor moral. Por outro lado, uma mocinha pouco abastada pode fazer do uso de um cordão de ouro uma busca doentia.
O uso de joias, contudo, pode não ser importante para nenhuma delas, apesar de uma ser abastada e a outra não. Ambas, no entanto, correm o risco de supervalorizar esse uso.
 
O pastor, então, deve preocupar-se em admoestá-las a não depositar sua confiança em coisa vãs, que nada aproveitam e tampouco podem acrescentar dignidade a ninguém.
 
A EXORTAÇÃO ENCONTRADA EM I TIMÓTEO 2.9 PROIBE O USO DE ADORNOS E ENFEITES?
Para muitos o texto é claro em firmar que as mulheres não devem usar qualquer tipo de joia, não frisem os seus cabelos e não comprem vestidos dispendiosos.
 
Será que Paulo aqui desconsiderou  posições como:

Anuncia que os verdadeiros salvos não são os guardadores da lei ‘pois, se os da lei é que são os herdeiros, anula-se a fé e cancela-se a promessa’ (Rm 4.14);
Protesta  contra os falsos irmãos “que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, e reduzir-nos à escravidão” (Gl 2.4);
Não aceita que a vida cristã seja reduzida a um sistema de “não manuseies isto, não proves daquilo, não toques aquiloutro, segundo os preceitos e doutrinas de homens” (Cl 2.21,22).
 
Vejamos que Paulo não intenta proibir certos tipos de trajes.
O apóstolo busca, tão-somente, mostrar às mulheres que a verdadeira beleza não pode ficar resumida ao exterior, devendo sempre estar em companhia do crescimento espiritual.
 
Sua condenação ali não está nos objetos de adorno, mas na extravagância, na falta de bom senso, na ausência de pudor.
 
É necessário ler as ordens específicas de Paulo tendo em mente sua situação cultural. Ademais, deve-se saber distinguir entre aquilo que é mandamento específico e aquela situação da sociedade dos princípios universais de Deus.
 
Quando lemos I Tessalonicenses 5.26: “saudai a todos os irmãos com ósculo santo”, não devemos entender que essa ordem deve ser obedecida ao pé da letra, pois em algumas culturas homem beijar homem e indecoroso, enquanto em outras, como na Rússia, o ósculo entre pessoas do mesmo sexo é perfeitamente aceitável.
 
Quando Paulo manda beijar todos os irmãos, é preciso que se entenda o contexto histórico sem deixar de lado o princípio universal que o apóstolo quis ensinar: devemos tratar-nos afetuosamente.
É um absurdo forçar o texto lido para dizer que Paulo faz uma proibição.
 
A EXORTAÇÃO DE I PEDRO 3.1-4 PROIBE O USO DE ADORNO E ENFEI-TES?
Alguns usam o textos para afirmar que Deus proíbe o uso de adorno e enfeites(anéis, pulseiras, cordões e brincos). Será?
 
Na verdade não há condenação total de adornos e enfeites; a ênfase é que a ornamentação externa não deve prevalecer à interna. Pedro não quer dizer que é pecado o uso de adornos e enfeites; e sim, que eles não podem ser a maior razão de viver das mulheres.
 
Na verdade é bom que todo cristão saiba que a verdadeira doutrina bíblica não consiste em tentar vestir-nos como os contemporâneos de Jesus.
 
O TEXTO DE I CORÍNTIOS 11.3-16 PROIBE O CORTE DE CABELOS?
Os versículos escritos por Paulo à igreja de Corinto, tratando sobre os cabelos de homens e mulheres, são largamente citados por algumas igrejas como base para a “doutrina” que proíbe as mulheres de sequer aparar as pontas dos cabelos.
 
Veja o que diz um regulamento interno de uma igreja sobre o assunto.
 
“É proibido as irmãs cortarem o cabelo, mesmo aparar as pontas, usarem perucas, bobes, pintarem o cabelo ou esticarem, usarem penteados vaidosos que chamem a atenção” punição;
1ª vez – seis meses de suspensão;
2ª vez – um ano de suspensão;
3ª vez – exclusão.
 
O ministério não concorda baseado na Bíblia em Sl 4.2; I Co 11.14-16; Ef 4.17; Tt 2.12; I Pe 3.3-5.
 
E agora?
 
Reafirmamos que a recomendação de Paulo nada tem a ver com princípios e sim com a cultura.
Na verdade tudo era uma questão cultural, senão vejamos:

O véu é um costume antigo que não diz respeito à cultura ocidental(Gn 24.65);
Gradualmente os costumes foram mudando, e os cabelos longos das mulheres passaram a desempenhar a mesma função do véu;
A natureza como produção cultural, e não a natureza como ordenação de Deus, é que estabelece qual o tamanho do cabelo dos homens e das mulheres.
 
O que implica em dizer que as mulheres da igreja de Corinto viviam em meio a duas tradições distintas; Paulo, por ser judeu, propunha a manutenção do costume hebraico; logo, a questão do uso do véu ou dos cabelos compridos era apenas pertinente àquele contexto cultural.

Seria um absurdo imensurável pastores exigirem que seus membros adotem essa prática, já que as mulheres de suas congregações não estão inseridas na cultura dos judeus, tampouco na da Grécia antiga.
 
A questão dos cabelos longos para mulheres e curtos para os homens é meramente cultural. Paulo pede que esses preceitos sejam respeitados apenas no contexto de Corinto. Ele não poderia exigir que essas normas fossem obedecidas hoje, pois o véu e os cabelos compridos já não possuem a mesma significação daqueles dias.
 
Na antiguidade, uma mulher, através da sua maneira como cortava seus cabelos, podia transmitir lealdade ou insubmissão ao seu marido; hoje, contudo, a submissão de uma mulher é transmitida pela aliança que carrega no dedo da mão esquerda. Se o uso de cabelos longos naquela época simbolizava o mesmo pudor da utilização do véu, no mundo contemporâneo já não é assim.
 
Mas uma vez, deve-se levar em conta o princípio por detrás do costume e não o costume em si.
 
Qual seria o tamanho de cabelo ideal para caracterizar a submissão de uma mulher? Qual a medida de cabelos destinada a homens que determinaria a masculinidade de alguém?
 
Simplesmente não há parâmetros, a própria sociedade é quem decide essas questões.
 
Além disso, faz-se necessário lembrar que um ensino bíblico para ser válido, deve ter aplicabilidade universal.
 
Os batistas não são liberais como dizem muitos por ai. Somos moderados e apelamos para a consciência de cada um.
 
Entendemos também que em nada adianta fazer as coisas por força ou por regras, ou para agradar o pastor, diáconos ou obreiros outros.
 
As pessoas que fazem parte de uma igreja batista são livres, foram libertos por Cristo, logo devem viver a luz da moderação e da modéstia cristã.
 
No entanto, entendemos que pior é usar textos bíblicos indevidos para força a interpretação, levando as pessoas a tomarem decisões tendo como base uma meia verdade que não deixa de ser mentira.
 
Os legalistas erram. Erram feio, por usarem da mentira e por colocarem em jogo a Palavra de Deus que deve ser usada corretamente.
 
 

IGREJA BATISTA: DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E PRÁTICAS LITÚRGICAS

Definição
A igreja é uma congregação local, formada por pessoas regeneradas e biblicamente batizadas, após pública profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
 
Em outras palavras, a igreja é uma comunidade fraterna das pessoas redimidas por Jesus Cristo, divinamente criadas, e feitas uma só debaixo do governo do so-berano Deus.
 
Características quanto ao valor do indivíduo
Os batistas sempre reconheceram o valor do indivíduo, e este ocupa o centro do esforço evangelístico e missionário das igrejas (Gn 2.7; Sl 8.4-6; Ec 5.14; Mt 28.19-20; I Tm 2.5).
 
Quanto ao culto
Antes de qualquer coisa é bom dizer que os batistas tem procurado estabelecer as diferenças entre:
Essência = Aquilo que o culto realmente é;
Qualidade = Que é vivência da adoração pessoal ou coletiva;
Práticas = Que são as experiências ou realização.
 
Quando tratamos de culto, tratamos de liturgia, e uma vez tratando de culto e liturgia, temos que tratar sobre teologia.
 
Para os batistas o culto deve apresentar os seguintes:
O culto deve ser coerente com a natureza de Deus (Sl 30.4; Sl 33.1,2).
O culto é a comunhão com Deus.

Isso envolve certos padrões, que não são invenção humana, mas princípios da sabedoria divina, a saber:
 
Reverência
Atitude de reconhecimento da grandeza de Deus e de sua soberania (Lv 19.30; Sl 24; Mt 6.9).
 
Ordem
É a maneira como a liturgia de desenvolve. A ordem não é sinônimo de frieza, formalismo ou ritual(I Co 14.40).
 
Confissão
Forma de expressão de arrependimento. Quando renunciamos ao pecado confes-samos a Cristo como Senhor de nossas vidas (Sl 32.5,6; 51.1-4; I Jo 1.9; Tg 5.16).

Oração
Meio de crescimento que aproxima o homem, ou grupo de Deus, intensificando a comunhão (I Cr 7.14; Jr 33.3.; Dn 9.20; Lc 18.1-8).
 
Edificação
Crescimento e disciplina pela meditação na Palavra de Deus (Mc 2.2.; Jo 4.50; 6.68; I Ts 2.17).
 
Louvor
Reconhecimento da santidade e majestade de Deus(Hb 13.15; Sl 67.3; Rm 12.1,2; Sl 69.34).
 
Reconhecimento da autoridade divina
Esse reconhecimento acontece no fato da submissão a vontade de Deus através da ação do Espírito Santo.
 
Liturgia bíblica (entendimento substancial das igrejas batista pertencentes a Convenção Batista Brasileira).

Reconhecemos que não há um modelo, ou um padrão de culto. Afirmamos também que a igreja batista não é detentora da única forma correta de cultuar. Mas entendemos que há princípios norteadores de adoração expostos na Bíblia que são substanciais ao culto, a saber:
 
Princípios norteadores da adoração
a) Amor e devoção a Deus, Mt 22.27;
b) O louvor como forma de exaltar a dignidade de Deus e a perfeição do seu ca-ráter, Sl 46.10;
c) Oração que se constitui no meio de falar com Deus, havendo oração de louvor, gratidão, confissão, súplica e intercessão, At. 4.42;
d) A Bíblia que é autoridade em matéria de fé e prática, II Tm 3.16,17;
e) A música que se constitui em elemento forte e que leva a pessoa a adorar em Espírito em Verdade, Jo 4.23,24;
f) Celebração de batismos, At 10.47,48;
g) Celebração da Ceia do Senhor, I Co 10.23-26;
h) Dedicação de vidas, dízimos e ofertas, Ml 3.10;
i) Apelos de arrependimento, At 2.38;
j) Sacerdócio individual, o que implica em cada pessoa pode ir à presença de Deus sem mediador, Hb 10.19-25.
 
Elementos que podem ou não ser usados nos cultos, mas não são essenciais e nem definidores de ortodoxia
a) Bater palmas em momento de cânticos, Sl 47.1;
b) Determinar expressões de vocabulário evangélico atual como, “Paz do Senhor”, “Paz e Graça”, “Glória a Deus”, “Aleluia” e “Amém”; I Co 1.3;
c) Levantar as mãos na hora de cânticos ou de oração, I Tm 2.8;
d) Jejum individual, Mt 6.16-18; Is 58.5-7; II Co 6.5;
e) Chamar pessoas à frente para oração;
f) Orar em duplas, ou em grupo, dentro dos cultos públicos; Tg 5.16,17; Ef 6.18; I Ts 5.17;
g) Postura padrão para orar (de pé? de joelho, sentado?), Mt 6.5; At 20.36; Lc 22.46.
 
Aquilo quero salientar os seguintes:
Nenhuma igreja é batista ou deixa de ser batista por fazer ou deixar de fazer o que acabamos de mencionar;
Nenhuma igreja deixa de ser batista só porque um, ou alguns irmãos gritam “Aleluia, “ou  “Glória a Deus”.
 
O que pode acontecer?
O que acontece é que o fato de alguém gritar ao nosso lado, fere um costume, ou um hábito que remos de ouvir atentamente o que estão nos falando.
 
Práticas que são contrárias ao culto cristão, à luz da Bíblia e ao culto celebrado pela igrejas batistas da convenção
Bater palmas para Jesus
A Bíblia diz que devemos adorá-lo, Mt 28,17.
 
Declarações de caráter autoritário, estranhas à Bíblia, como por exem-plo: “Amarrar Satanás”.
A Bíblia diz que devemos resisti-lo, Ef 6.13; Tg 4.7.
 
Classificação espiritual ou dos espíritos, como por exemplo: “espírito de maldição”, “espirito de morte”, “espírito de mentira”, “espírito de enfermidade”.
A Bíblia não oferece nenhuma base para tal classificação.
 
Adivinhações e sonhos
A Bíblia condena tais práticas, Lv 19.31; 20.6.
Veja o que diz mais a Bíblia sobre:
Sonhos podem ser frutos da imaginação, Jó 20.8; Is 29.8;
Sonhos podem ser fruto de excesso de trabalho, Ec 5.3;
Sonhos podem ser fruto de fingimento, Jr 23.25-28; Dt 13.1-3; Jr 27.9
Sonhos podem vir de pessoas que tem a mente impura, Jd 8;
Sonhos podem vir daqueles que são inimigos da igreja, Is 29.7,8.
A Bíblia diz que consiste em vaidade confiar em sonhos, Ec 5.7.
Deus é o único que pode interpretar os sonhos, Gn 40.8, 41.16; Dn 2.27-30; 7.16.
Quando uma pessoa diz interpretar um sonho espiritual ele afirma inconsciente-mente que quer fazer uma coisa que só pertence a Deus.
 
Revelações isoladas
Para nós, toda a revelação se encontra na Bíblia e não temos motivos para deixar de crêr assim, Jo 1.17; Ap 22.18.
 
As revelações dadas aos grandes homens de Deus foram válidas até o tempo em que se completou a Revelação escrita de Deus aos homens, a Bíblia Sagrada.

No VT e no tempo das igrejas primitivas as revelações pessoais eram válidas devi-do o fato da Bíblia não ter sido completada. Quando se fechou o Cânon das Escrituras Sagradas, acabou, nada pode tomar o lugar das Sagradas Escrituras. Logo nenhum texto pode ser usado para basear a validade do uso de visões, sonhos e revelações pessoais ou isoladas.
 
Hoje o cristão tem uma revelação completa, que é a Bíblia,  não necessitando de indivíduos que se afiram ter “o Dom de revelação”, aliás quem afirma ter tal Dom é mentiroso, pois o mesmo não se encontra na relação dos dons no Novo Testa-mento.
 
É lendo a Bíblia que o cristão vai descobrir os segredos de Deus e não só isso,  os princípios que norteam a vida cristã, Jo 13.7; 16.13; I Co 13.12.
 
Unção com óleo como elemento de fé
Para os batistas, todo misticismo é perigoso. O óleo usado no Novo Testamento e recomendado para ungir os dentes era óleo medicinal bem conhecido naquela época.
 
Misticismo é o ato de atribuir ao elemento material uma características divina ou milagrosa. É símbolo de feitiçaria, magia e de práticas ocultas.
 
Orar em montes ou no mato como se fosse um lugar especial
A prática não tem sentido, nem apoio bíblico. E tem mais. A prática constitui um perigo para os bons costumes, oferecendo oportunidade para as manifestações da carne e sensualidade.
 
Jejum como meio de obtenção de graça ou de crescimento espiritual
O ensino do jejum como meio de alcançar graças fere o ensino de Cristo e de todo o Novo Testamento, Is 58.5-7.
 
O Jejum deve ser para Deus, (Zc 7.5; Mt 6.16-18). Quando não é assim é rejeitado pelo Senhor, Is 58.3; Jr 14.12.

Aqueles que usam o jejum como meio de alcançar graças ferem o princípio da graça de Deus relevada nas páginas das Sagradas Escrituras, (Ef 2.8,9; Rm 3.24; 3.20,27; I Co 1.29,30,31; II Tm 1.9).
 
Falar em “línguas estranhas”
A maioria dos batistas aceitam que o Dom que para alguns é “línguas estranhas” na verdade se constitui em “línguas estrangeira”, ou melhor “idiomáticas”, o termo usado primeiramente é fruto de uma péssima tradução.
 
O Dom de língua estrangeira que se faz presente nos relatos dos Atos dos Apósto-los se constituíram na capacitação dos apóstolos para evangelizar dos povos com línguas diferentes e que eles não tinham conhecimento.
 
É um Dom desnecessário no meio da igreja de língua portuguesa a não ser que a igreja tenha pessoas estrangeiras. Não cremos em línguas de anjos, pois toda vez que um anjo entrou em contato com os homens eles falaram a língua do conhe-cimento do mesmo, sem que houvesse necessidade de interprete.
 
Não cremos que o “falar em língua” seja sinal do batismo do Espírito Santo. Essa idéia contraria o ensino geral da Bíblia sobre a Teologia do Espirito Santo. O cris-tão é conhecido pelos frutos do Espírito Santo (Gl 5.22). Pois bem sabemos que o Diabo pode imitar os dons, mas jamais imitará o Fruto do Espírito Santo.
 
Nós cremos que a pessoa é batizada com Espírito Santo no momento da conversão, quando nasce de novo, sendo assim uma nova criatura (Lc 21.28; Jo 1.17; II Co 6.7; II Co 1.22; Ef 1.13,14).
 
A Música no culto.
a) A música usada nos cultos devem ser de qualidade e expressar todo nossa vi-são para a grandeza e majestade de Deus. Eis algumas características que de-vem ser observadas quanto a música na igreja:
b) Sua mensagem deve ser bíblica e doutrinariamente sadia;
c) Deve levar o crente a pensar nos padrões bíblicos;
d) Deve ajudar o crente a honrar a Deus com seus corpos;
e) Deve manter o equilíbrio entre o espiritual e o racional;
f) ‘Deve conter palavras cheias de beleza, dignidade, reverência e simplicidade;
g) Deve ser livre de associação com estilos mundanos;
h) Deve expressar a paz que acompanha a vida do crente, e não expressar o cla-mor, a confusão, o barulho e a agitação do mundo;
i) Deve ser caracterizado pela precisão musical, fineza de técnica e poética, evi-denciado harmonia e ordem estrutural;
j) Deve promover e acompanhar um estilo de vide, de piedade, modéstia e quie-tude santa.
 
Os batistas são livres para fazer uso de ritmos e estilos musicais tipicamente lati-nos, brasileiros ou regionais, não consistindo tal coisa em vandalismo doutrinário ou desobediência a Palavra de Deus.
 
Nossa cultura e a nossa música pode ser tão consagrada quanto a cultura e a música dos europeus e americanos.
 
Práticas, características e métodos que devem ser rejeitados pelas igrejas batistas
A super valorização da emoção
A emoção sem uso da razão podem trazer grandes prejuízos para a vida cristã. Nossa salvação não pode ser garantida pelos sentimentos e sim devido a Palavra de Deus.
Busca de experiência extraordinárias como por exemplo, um novo batismo.
O certo é viver uma vida plena e cheia do Espírito Santo.
Andar de movimento em movimento buscando novas experiências
O certo é crescer na fé e no conhecimento da verdade que vem de Deus.
Querer experiência como “revelações”, “sonhos” e “profecias”.

A Bíblia é o nosso referencial maior para o passado, o presente e o futuro. O cris-tão tem o seu futuro nas mãos de Deus, não se preocupando com o que vai acontecer.
 
Desejo obcecado por certos dons, como o de línguas, curas e outros
O cristão deve se colocar sob a orientação e a vontade de Deus através do Espírito Santo, visando a edificação do Corpo de Cristo, a Igreja.
 
Determinação de formulas para receber as bênçãos de Deus como: ora-ção chorada, cultos de vigílias e cultos exclusivos
Não são as formulas ou atividades que dão poder as nossas orações, ou garantem que nossa orações serão ouvidas pelo Senhor.
 
Doutrina de que o Dom de línguas é a evidência do batismo com o Espírito Santo
Somos reconhecidos pelo fruto do Espírito Santo.
 
Prática da manipulação de Deus, determinando o que Deus deve ou não fazer
Somos servos do Senhor e não senhores. Seguimos aquilo que o Senhor determina e não o contrário.
 
O uso do jejum programado visando ganhar bênção do Senhor
Não encontramos base bíblica para fazer do jejum uma espécie de barganha com Deus.
 
Emprego de saudações como sendo obrigatórias ou bíblicas
Muitas saudações bíblicas eram típicas da palavra escrita, não sendo empregada normalmente para saudações verbais.
 
Emprego de palavras de ordem tendo em vista receber bênçãos ou para forçar o acontecimento de determinadas coisas que queremos
O poder de nossa palavra se encontra atrelada a ação e a vontade do Espírito Santo.
 
O louvor com ritmos alucinantes e frenéticos, provocando gestos ou posições sensuais.
Nosso louvor deve expressar alegria, reverência e compatibilidade bíblica.
 
Apoio a entidade para-eclesiástica em nome do Espírito Santo
Somos chamados a servir ao Senhor através da igreja local.
 
Exploração da Bíblia como amuletos e práticas místicas e isoladas
A Bíblia não é amuleto e nem tem poder curativo ou sobre natural. O efeito da Bíblia se encontra em nosso viver a medida que passamos a praticar os seus ensinamentos.
 
As confissões escandalosas em que os segredos são revelados publicamente.
A Bíblia dispõe de meios que nos ensinam a tratar as questões de caráter éticos no seio da igreja local.
 
A valorização dada aos demônios em vez de valorizar a ação de Deus entre os homens
A igreja existe para exaltar as obras da luz e não das trevas e suas conseqüências.
 
A crença em super pastores que se dizem possuidores de poderes sobrenaturais
O pastor e os líderes da igreja são servos, não podendo ocupar o lugar de Cristo no culto.
 
Ostentações fantasiosas e anúncios de milagres sem comprovação
Somos ensinados a não mentir e a falar a verdade.
 
As novas teologias como: Teologia da Prosperidade; Confissão Positiva e a Teologia do Domínio
Todas essas teologias são contrárias aos ensinamentos bíblicos e só alimentam a ganância pelo poder e pelo dinheiro.
 
Experiência sem sentido como: “cai no chão como sinal da unção do Es-pírito Santo”, “dente de ouro como sinal de prosperidade econômica através do poder do alto”, “toda congregação rindo sem parar como si-nal da unção do riso divino”, “poder do alto que deixa a pessoa fixa no chão”
Não existe bases bíblicas e nem sentido para que essas coisas aconteçam no meio da igreja. Todas essas práticas são naturais para quem conhece a técnica da hipnose.
 
Crenças estranhas a Bíblia como: “amarração de Satanás, mapeamento espiritual, classificação de demônios, permanência de demônios em parte do corpo humano e doenças como sinal de pecado na vida de pes-soas ou falta de fé”, “crença de que o cristão verdadeiro possa ser pos-suídos pelos demônios”
 
Tais crenças não passam de idéia humana e ensinos com base em religiões naturais como espiritismo e esoterismo. Segundo a Bíblia é impossível o cristão verdadeiro ser tomado pelos demônios (Efésios 1.13,14).
 
Desvios doutrinários como: batalha espiritual, maldição hereditária, previsão de data para a volta de Jesus Cristo e o culto da personalidade humana
Essas doutrinas se constituem em heresias e então fora do ensino bíblico.
 
Práticas místicas como: orar sobre objetos e roupas de pessoas ausentes ao culto, consagração de objetos ou elemento tendo em vista a geração de benefícios materiais.

Os batistas sempre foram anti-rituais e contrários a qualquer espécie de misticismo.
 
Conclusão
Deve ficar bem claro que:
Adivinhações, sonhos, profecias, unção com óleo, oração no monte, línguas estranhas, sopro do Espírito  e outras novidades, não fazem parte do corpo de ensino ministrado pelos batistas da convenção brasileira.
 
Deve ficar claro que:
A nossa fé está fundamentada na clareza da doutrina bíblica e não nos relatos obscuros que dão margem à imaginação do homem. É por isso que cremos na Bíblia como Palavra de Deus, e que a Revelação de Deus na história se completou em Jesus Cristo(Hb 1.1l8; Cl 1.12-23).
 
Cremos no batismo no Espírito Santo no ato da conversão, na suficiência do sacrifício de Jesus Cristo para a salvação e perdão dos pecado

O DOM DE LÍNGUAS I - AS BASES E A HISTÓRIA DO FALAR EM LÍNGUAS

Introdução
Por muito tempo a experiência de falar em línguas foi limitada ao movimento pen-tecostal. No entanto, notamos que o fenômeno já não se restringem somente aos pentecostais.
 
Em nossos dias, outros grupos como presbiterianos, luteranos, metodistas, epis-copais, católicos romanos, batistas e outros tornaram-se envolvidos no falar em línguas.
 
E não só isso, algumas pessoas acham extremamente necessário o falar em línguas “estranhas”, bem como a necessidade de todo crente falar em línguas como prova de que a pessoa tem o Espírito Santo.
 
Diante do que mencionamos surgem as perguntas:
O que os batistas acham da questão?
Existe realmente uma necessidade absoluta do falar em línguas “estranhas”?
O dom de variedades de línguas é real e necessário em nossas igrejas hoje?
Como resposta imediata, podemos dizer que historicamente e doutrinariamente, os batistas convencionais não dotam o falar em línguas como prática.
 
E as razões são as seguintes:
 
O ALICERCE  BÁSICO DO FALAR EM LÍNGUAS NÃO SE ENCONTRA NA BÍBLIA
O alicerce básico da doutrina do falar em línguas é que a experiência se constitui em evidência essencial do enchimento do Espírito Santo.

Quando analisamos a afirmação mencionada descobrimos que tal alicerce se en-contra em contradição com o ensino bíblico.

Como assim?
Sabemos pelos relatos bíblicos que muitos cristãos ficaram cheios do Espírito San-to e nunca buscaram ou tiveram a experiência de falar em línguas.
 
OS GRANDE HOMENS DA HISTÓRIA DA IGREJA CRISTÃ NUNCA FALA-RAM EM LÍNGUAS
Quando estudamos a história da Igreja Cristã, percebemos Deus trabalhando através de grandes homens. Tais homens demonstravam íntima comunhão com Deus, santidade e zelo pela obra missionária, no entanto, nenhum deles afirmaram a experiência de falar em línguas.
 
Vejamos alguns desses homens: João Wesley, Charles Finney, Martinho Lutero, João Calvino, Moody, George Whitefield, George W. Truett, Charles Haddon, Spurgeon, R.ª Torrey, Billy Sunday e Billy Graham.
 
O FALAR EM LÍNGUAS SEMPRE FOI PREJUDICIAL ÀS IGREJAS BATISTAS
Quando o falar em línguas aparece nas igrejas batistas sempre acontece divisão e discriminação.
 
O movimento sempre destrui em vez de construir; sempre causa briga em vez de paz; sempre separa em vez de unir; sempre causa danos em vez de benefícios.
 
OS BATISTAS NECESSITAM DAS VERDADES BÁSICAS DA BÍBLIA
Os membros das igrejas batistas precisam das verdades básicas da Bíblia, tendo como meta a maturidade cristã.
 
Que verdades são essas?
 
Vejamos:
• Estudar mais a Bíblia e orar constantemente;
• Viver a vida cristã santa e sob o controle do Espírito;
• Testemunhar para outras pessoas;
• Construir igrejas e lares fortes;
• Sustentar o programa de missões estaduais, nacionais e mundiais;
• Demonstrar o fruto do Espírito Santo em todas as áreas da vida.
Tudo isso é o que a Bíblia chama de edificação.

Os batistas não crêem no dom de línguas como crêem os pentecostais. Nossa in-terpretação sobre o uso do dom “variedades de línguas”  não é a mesma dos pen-tecostais,  nem dos  “carismáticos”.
 
No entanto, isso não quer dizer que não creiamos, ou que limitamos Deus em suas ações, mas que o ponto de vista que temos sobre o assunto é diferente ao ponto de vista dos grupos mencionados.
 
A posição dos batistas sobre o dom de línguas, que é a posição bíblica, tem seu fortalecimento através dos pontos que encontramos  na:
 
A HISTÓRIA DO FALAR EM LÍNGUAS
O “movimento de línguas” é um dos movimentos mais estranhos de toda história cristã.
 
Depois de desaparecer por centenas de anos, um homem na Inglaterra por nome Edward Irving, apresentou-se como profeta de Deus. Ele vestia-se como um pro-feta e usava cabelos longos, era alto e notável na sua aparência pessoal.
 
No entanto, o “movimento de línguas”  na América teve início em 01 de Janeiro de 1901, com Agnes Osman, uma estudante da Universidade Bíblica de Charles P. Parham, em Topeka, Kansas.
 
Mas na realidade, o dia 03 de abril de 1960, pode se considerado o aniversário do “movimento de línguas” dos dias modernos. O episódio foi marcado por Dennis Bunnett, pastor (reitor) da Igreja Episcopal de São Marcos em Van Nuya, Califór-nia. Na ocasião, ele renunciou a reitoria por causa do problema criado pela sua experiência em falar em línguas. Desde dia, “movimento de línguas” começou a ser divulgado.
 
Muito dizem que por vários anos “o falar em línguas” foi a marca registrada do movimento pentecostal. Mas isto não é verdade. Alguns grupos estranho ao meio evangélico cultivaram o “falar em línguas”.
 
Na verdade, até o início do movimento pentecostal moderno, que segundo alguns pode ser datado com o ministério de Mary Campbel, na Escócio e Eward Irving, na Inglaterra, iniciado em 1830, os únicos exemplos de falar em línguas ocorria entre as seitas que foram com freqüência imoral.
 
Vejamos, uma lista de alguns grupos que tem envolvimento com “o falar em lín-guas” no decorrer da história.
 
O montanismo
Surgiu em 155 dC., na Frígia, com Montano, que queria resolver os problemas de formalismo na igreja e a dependência da igreja da liderança humana, quando de-veria depender do Espírito Santo.
Montano fazia-se acompanhar por duas mulheres, Maxila e Prisca, que se diziam “profetisas” do movimento. Para o movimento, Montano era o próprio Espírito Santo e quem não tivesse os dons não poderia fazer parte da igreja.
 
As bases do movimento eram: a afirmação da doutrina do Espírito Santo e a Se-gunda vinda de Cristo. Havia entre os montanistas também a prática do falar em línguas estranhas, ou línguas dos anjos.
 
O montanismo foi rejeitado pelo Concílio de Constantinopla em 381 dC., sendo declarado pagão devido as práticas de extremismo e fanatismo.
 
Os místicos
Os místicos surgiram em 1400 dC., contra o formalismo. O movimento desejava um contato direto com Deus pela intuição ou pela contemplação e davam muito valor ao êxtase.
 
Os místicos estavam divididos em místicos latinos e teutões. Os latinos tinham como base as visões e o falar com Deus. Os teutões tinham como base a filosofia partindo para o panteísmo.
 
Os radicais místicos
Os místicos radicais surgiram em 1500 dC., tendo com liderança Kasper Shwenk-feld e Sebastian Franck. O movimento tinha como base o misticismo e criam numa direção interior do Espírito Santo.
Os místicos se achavam mestres em falar línguas estranhas.
 
Os jansenistas e Port Royal
Este grupo, e mais especialmente seus sucessores conhecidos como os “convulsi-onários”, falavam em línguas.

Os jansenistas eram católicos franceses nos primórdios da reforma protestante, e a seita deles foi finalmente suprimida pelas autoridades por causa das imoralidades praticadas entre eles.

Os espiritualistas primitivos
Eles eram mestres em falar em línguas. Uma certa senhora de nome Mary Smith, de Geneva, professava falar a língua de Marte.
 
A alegação de Mary se deu quando algum deste palavreados sem sentido foi transcrito, e os eruditos acharam que era aglomeração de sons arrastados, havendo a mistura de várias línguas.
 
Os agitadores
O grupo surgiu na América. Eles falavam em línguas. O movimento foi fundado por Ann Lee, que era conhecida por seus seguidores como “mãe Ann”, e que fez a afirmação de que ela era divina por isso deveria ser chamada de Ann, a Palavra.
 
O quietismo
O quietismo, surgiu na Europa Continental. O movimento surgiu dentro da Igreja Católica Romana e tinham como práticas o falar em línguas, o misticismo e o fana-tismo religioso.
Os líderes principais eram Michael Molins e Emanuel Swedenborg.
 
Os mórmons
A Igreja dos Santos dos Últimos Dias, os mórmons, também no início defendiam a necessidade do “falar em línguas”.
 
Religiões pagãs
A história das religiões pagãs relata casos de falar em línguas em muitos grupos religiosos que nada tinham com o cristianismo. A religião pagã em Corinto é um exemplo bem claro.
 
Outros
Charles R. Smtih, no seu livro, “Línguas na perspectiva bíblica” ,  tem um tratado excelente do falar línguas entre as religiões não-cristãs, como por exemplo: paci-entes mentais, espíritas, pessoas possessas, pessoas com desvios doutrinários, pessoas que vivem em imoralidade e em práticas hereges.
 
Conclusão
Como conclusão desta primeira parte, podemos dizer que historicamente e doutri-nariamente, os batistas convencionais não dotam o falar em línguas como prática.
 
Os batistas não crêem no dom de línguas como crêem os pentecostais. Nossa in-terpretação sobre o uso do chamado “línguas estranhas”  não é a mesma dos  pentecostais,  nem dos “carismáticos”.
 
No entanto, isso não quer dizer que não creiamos, ou que limitamos Deus em suas ações, mas que o ponto de vista que temos sobre o assunto é diferente ao ponto de vista dos grupos pentecostais.
 
E agora, a minha posição, como pastor batista é a seguinte(aqui vai a minha posi-ção):
• O dom de língua de fato é um dom(habilidade divina),  não depende do aprendizado humano, pois se caso fosse, seria um talento natural comum a todos os homens;
• O dom de línguas é inteligível e idiomática,  tendo como base a divulgação das boas novas aos povos  de línguas estrangeiras;
• O dom de línguas deve ser administrado conforme recomenda a Bíblia;
• O dom de línguas não se constitui sinal do batismo como Espírito Santo;
• O dom de línguas vem acompanhado de dom de interpretação;
• O dom de línguas como habilidade para uma igreja local não tem razão de ser em nossos dias, a não ser que tenhamos pessoas estrangeiras no meio da igreja local.