terça-feira, 3 de junho de 2014

OS PERIGOS DO USO DO PSIQUISMO NA IGREJA EM NOME DO ESPÍRITO SANTO

Introdução
Cada vez mais a prática do absurdo em nome do Espírito Santo tem espaço no meio evangélico. Cada dia testemunhamos o abuso de muitos em nome de Deus e da santidade.
 
O evangelho passou a ser sinônimo de crendices, sincretismo e misticismo. Quan-do não, sinônimo do absurdo, tendo a experiência humana maior autoridade do que a que é encontrada na Bíblia.
 
Na verdade muitas atitudes e práticas absurdas não passam ignorância e falta de conhecimento da Bíblia, bem como da História da Igreja Cristã.
 
É nossa meta através do presente estudo, apresentar uma argumentação tendo em vista a desmistificação de algumas práticas e comportamentos tomados por alguns “evangélicos” usando para tal o nome do Espírito Santo.
 
O perigo do psíquico ser usado para promover o satanismo
As profecias bíblicas prevêem que nos tempos finais as forças satânicas tomarão controle deste mundo. Os falsos profetas, com poderes psíqui-cos verdadeiros atrairão muitos discípulos. O ceticismo simples sofrerá um golpe fatal à medida que os poderes paranormais se tornarem tão comuns e amplamente demonstrados, que se tornará moda acreditar no sobrenatural ou pelos menos no sobre-humano.
 
Alguns que anteriormente eram céticos, tentarão dar explicações científicas dos poderes humanos (e demoníacos) extraordinários. Sendo portadores da mesma doença de alma que anteriormente infligia ceticismo sobre eles, se tornarão de-fensores de novas teorias que afastarão os homens daquilo verdadeiramente espi-ritual. Farão um deus de uma nova ciência que pode explicar os fenômenos psí-quicos ao invés de afastá-la com explicações como faziam anteriormente. Estes homens reconhecerão a espiritualidade inerente do homem, logo, seus poderes elevados, mas perverterão qualquer verdadeira compreensão de tais e negarão a necessidade de qualquer conceito de Deus que levaria os homens a uma verdadeira apreciação do trabalho dele na criação.
 
Tais homens se tornarão fantoches do anticristo, e o “satanismo” não mais será o culto bizarro que hoje é. Ao invés disso as massas serão arrastadas para o culto do anticristo que será adorado, e através dele, o próprio Satã.
 
Não há dúvida que as várias formas de psiquismo e demonismo completos com verdadeiros, mas mentirosos milagres, tomarão parte em tudo isto. Tais coisas se tornarão, “provas” do culto, assim como os milagres de Jesus foram feitos com a intenção de autenticar a sua missão messiânica(Ap 9.3,16; 13).
 
O perigo da prática e do desenvolvimento dos poderes psíquicos que pode  levar à uma invasão espiritual maléfica
Não pode haver dúvida de que o homem, como um ser espiritual, possui os pode-res que estudos em laboratórios indicam que ele possui. Tomemos o caso do poder psico-sinético, isto é, a habilidade da mente de mover a matéria.
 
Seria desconhecer a verdade se não tivéssemos a coragem de afirmar que tal coisa é uma realidade, no entanto, o fato de algo ser real não diz muito.
 
Como cristãos,  devemos primeiramente saber que tudo que fazemos deve ser de algum modo centralizado na glória de Cristo, sendo o desejo de desenvolver qual-quer capacidade, espiritual ou física, feito em nosso benefício, algo errado.
 
É verdade, tanto dentro da igreja quanto fora, que aqueles que tem procurado o desenvolvimento psíquico, especialmente se usaram o hipnotismo nesta tentativa, tem se emaranhado em dificuldades de natureza mental, como sintomas de para-nóia, e alguns tem evidentemente atraído para si alguma força ou forças espirituais alienígenas que tem ameaçado as suas vidas.
 
No movimento carismático, tão comum na igreja de hoje, alguns se tem envolvi-dos no psiquismo, assim imitando o misticismo. Muitos tem se tornados perturba-dos mentais (geralmente em formas de paranóia), e alguns julgamos, tem tornado a ferramenta de forças demoníacas.
 
Estes fatos devem servir de cautela no que diz respeito ao desenvolvimento espiri-tual, em contraste com o desenvolvimento tradicional da espiritualidade através da oração, da meditação, do estudo da Palavra de Deus e da prática de bons atos.
 
Já falamos do perigo verdadeiro de substituir o psíquico pelo espiritual, mesmo dentro da igreja.
O principal problema no que diz respeito ao desenvolvimento dos poderes psíqui-cos, é o de que ainda não sabemos exatamente com o que estamos lidando.
 
O perigo do psíquico ser usado para  promover o espiritismo
A tese principal do espiritismo é a de o homem é um espírito e, como espírito, sobrevive à morte biológica. É natural, portanto, para os espíritas fazerem bem-vinda qualquer pesquisa científica que tende a demonstrar as suas crenças básicas.
 
As revelações cristãs mostram que o homem é um espírito e os espíritos humanos podem e realmente voltam para comunicar alguma mensagem, ou possuem algum tipo de contato com os humanos mortais. A experiência humana, bem separada de qualquer revelação religiosa, dogma ou suporte, demonstra estas mesmas verdades.
 
A Bíblia, porém, proíbe a busca proposital de tais experiências e indica que estas, se continuarem sendo buscadas, podem ser prejudiciais e perigosas.

Provavelmente a maioria daquilo que acontece no espiritismo ou é natural ( o uso de poderes espirituais inerente, que são representados como seres espirituais “ex-teriores”, mas que são apenas projeções ou criações do próprio ser humano), ou é o resultado do contato com seres espirituais verdadeiros, de muitas categorias, alguns neutros(elementares), alguns bons-maus, alguns negativos e danosamente maléficos.
 
Presumimos que existem muitas ordens de seres espirituais no mundo(s) invisí-vel(eis), alguns dos quais podem ser chamados acertadamente de “demoníacos” e alguns que não merecem este título, mas todos quais não são entidades humanas.
 
Em Efésios 6.12 encontramos a indicação de um mundo espiritual de muitas or-dens. O que dizemos sobre as ordens de seres espirituais do tipo não-humano, naturalmente entra no campo da especulação, pois, até o presente momento, te-mos muito pouca informação sobre estes seres. De qualquer modo, os dogmas e a experi6encia humana concordam que a busca de contato com tais seres é algo que o homem, no seu presente, ficará melhor sem este tipo de dano.
 
Ocasionalmente, como foi implicado antes, um médium espírita pode fazer um contato genuíno com um espírito humano desencarnado. Parece que a condição final das almas humanas são será estabelecida até a Segunda vinda de Cristo (I Pe 4.6). Se isto for verdade, então, em raras ocasiões, algum contato poderia ser feito.
 
Mas os estudos psíquicos certamente indicam que:
Nunca se pode realmente estar certo de que um contato com um espírito humano foi conseguido, ao invés de um contato com algum outro tipo de espírito que imita um contato desta natureza.
 
Mesmo que um contato deste tipo seja feito, que tal contato não é desejável, já que os espíritos humanos com que as vezes se pode obter contato, são normal-mente de baixa qualidade espiritual e farão danos aos mortais, e não bem. Muitos pais cristãos antigos(seguindo a doutrina judaica comum) supunham que os de-mônios eram, na realidade, espíritos humanos baixos.
 
Os bons teólogos da igreja moderna, suportam o conceito de que os demônios não são de uma única ordem, mas incluem espíritos humanos baixos, seres angelicais caídos, e, provavelmente, outras ordens de seres totalmente angelicais caídos, e, provavelmente, outras or-dens de seres totalmente desconhecidos pela nossa teologia presente. Esta identi-ficação da forma de vida dos demônios, não é importante para a nossa tese, que, dita de maneira simples é a de que o espiritismo é uma religião deficiente mesmo se alguma verdade possa ser encontrada, no que diz suas afirmações de terem conseguido “contatos”.
 
É justamente aqui, no que diz respeito ao espiritismo,  que muitos ministros cris-tãos tem falhado. Eles tem usado a “aproximação avestruz” aos problemas. Isto é, sem nenhum estudo ou conhecimento, tem declarado todos os fenômenos psíqui-cos “do diabo”.
 
Esta “queda” é de culpa, em grande parte, do pastor que não possui sabedoria o bastante para mostrar que, enquanto que grande parte dos fenômenos psíquicos são, com freqüência, totalmente humanos e naturais, não segue que devemos nos envolver em tentativas de fazer contato com forças espirituais potencialmente alienígenas.
 
O perigo do psíquico ser usado pra promover as religiões orientais
É triste ver jovens, sem dúvida revoltados contra a presente expressão da igreja, negarem a pessoa e a missão de Cristo ( como algo realmente distinto em comparação com a grande quantidade de “profetas”) , pela associação com as religiões orientais.
 
Não há dúvida de que parte da atração destas religiões é o fato de que promovem os poderes ocultos e a sabedoria.

Jesus e seus primeiros discípulos demonstram poderes místicos impressionantes, e um verdadeiro misticismo dever-nos-ia levar a Cristo, e não afastar-nos dele, como Colossenses 2 insiste.
 
Há um falso misticismo, que enquanto demonstra poderes genuínos, não leva por conseqüência, o homem a Cristo, o cabeça federal da raça.
 
O que há é um verdadeiro misticismo que promove proximidade do Espírito, que leva os homens para mais perto de Cristo.
 
Um falso misticismo é, finalmente, destrutivo para a espiritualidade. É uma cena estranha ver “cristãos” que nunca se preocuparam em aprender as escrituras, nem em se aproximar de alguma maneira especial de risto, de repente se embebedando com estudos de religiões orientais, e mui rapidamente aprendendo mais sobre estas do que jamais souberam sobre o cristianismo.
 
A tradição profética é clara sobre o fato de que a “cristandade” dos últimos tem-pos será uma espécie de culto de uma era “pós-cristã”, que misturará o Oriente e o Ocidente, isto é, será um tipo de cristianismo  com uma forte mistura de religião oriental. O resultado será que a verdadeira fé cristã praticamente desaparecerá da face da terra. Já podemos verificar o início deste processo, e isto é apenas mais uma profecia que se cumpre em nossos tempos. O anticristo levará muito à frente este processo, já que ele unirá o Oriente e o Ocidente em um gigantesco e per-verso híbrido.
 
O perigo do psíquico ser usado para promover o falso misticismo
O falso misticismo, porém, transcenderá o envolvimento com as religiões orientais. Pessoas, sedentas pelo místico, o incomum, ou mesmo o bizarro, usam erroneamente os poderes psíquicos para promover um falso misticismo.
 
Na verdade, se podemos julgar das coisas que lemos, as pessoas estão na reali-dade substituindo a fé religiosa tradicional, por ambos: psiquismo e misticismo.
 
Psiquismo é o uso ( e abuso) dos poderes psíquicos humanos naturais. Um homem que desenvolve e usa poderes telepáticos e de clarividência, ou poderes de cura, que podem ser apenas de suas próprias qualidades espirituais inerentes, pode substituir qualquer fé substancial em Cristo pela exitação de tais práticas.
 
Esta substituição, cremos, está acontecendo dentro da igreja, em ramificações do movimento carismático, não merecendo do “lado de fora” entre cristãos de carac-teres instáveis.
 
Misticismo em contraste com o mero psiquismo, é o suposto contato real com se-res espirituais exteriores, ou com forças espirituais “exteriores”.
 
Um falso misticismo é o contato com os poderes ou seres exteriores, que não aceitam ou promovem ativamente a pessoa e a glória de Cristo.

Os gnósticos (contra os quais oito livros do Novo Testamento foram escritos) ti-nham muitos objetos de sua procura mística, as ordens dos anjos (e demônios)  e entre eles também, procuraram um falso cristo, que não se assemelhava muito com o Cristo dos apóstolos, mas que era apenas um entre muitos poderes mais elevados, um das ordens dos anjos ou “aeons” como eles os chamavam.
 
Hoje em dia, temos muitos gnósticos (em espírito) no mundo religioso. Colossen-ses mostra que os gnósticos tinham visões verdadeiras, Cl 2.18-20. Eles dizem “Eu vi, eu vi!!” Paulo replicou, em outras palavras, “E daí! O que suas visões fizeram para promover o poder de Cristo dentro de vocês?”  Tinham u misticismo que não possuía Cristo como Cabeça. Tinham comunhão com seres menores, alguns deles, ou a maioria deles, talvez, não aliados a Cristo (Cl 2.20, o “stoiqueia”, os “espí-ritos elementares”).
 
O perigo do uso da meditação que não é centralizada em Cristo
A meditação, através da história cristã, tem sido usada por alguns para promover a espiritualidade. Este uso é legítimo e é especialmente valoroso, no que diz res-peito à “iluminação” .
 
A meditação é simplesmente um tipo de contemplação, e se centralizada em Cristo pode acalmar o espírito humano, para que o Espírito Santo possa falar, dando paz e harmonia, iluminação e visão espiritual.
 
A meditação é uma aliada e uma companheira da oração. É ouvir Deus, enquanto a oração é falar com ele. Entretanto, essa prática tem sido abusada. Grande parte da meditação, com tem sido hoje praticada, é tanto extra como não-cristã.
 
A ciência tem mostrado que a meditação pode causar um estado de consciência alterado. Isto significa simplesmente que as ondas cerebrais mudam o limite normal, Beta, (de 13 a 24 oscilações por segundo) para um estado de oscilação inferior, como Alfa (8 a 12).
 
Em alfa, a pessoa é mais sensível psíquica e espiritualmente, e, como tem sido demostrado, muito mais criativa. A pessoa passa a ter compreensões valorosas de problemas, e momentos de criatividade artística.

O transe do místico é um estado de consciência alterado, e sem dúvida, muitas revelações bíblicas vieram aos profetas nesse estado.
 
Durante o decorrer de qualquer dia determinado, todo ser humano vivente, passa-rá por estados de consciência variáveis. Tudo isso é natural, e até necessário para a vida e saúde. Os problemas aparecem quando há um abuso.

Por exemplo:
O homem que propositalmente tenta provocar estados de consciência alterados, através do uso da meditação, pode se tornar sensitivo espiritualmente para seres espirituais alienígenos. A possessão ou influência demoníaca (em casos extremos) pode resultar disso.
 
Todo homem possui uma proteção psíquica natural. É difícil para seres invisíveis penetrarem em seu escudo mental. A meditação pode enfraquecer este escudo. Se é o Espírito Santo que nos acompanha, e se Cristo é o objeto da nossa con-templação, então a meditação pode abrir o meu Espírito para sua iluminação. Mas se Cristo não é o objeto da minha meditação e se algum espírito alienígeno me acompanha, então a meditação pode abrir minha alma para a influência maligna.
 
O perigo da substituição da espiritualidade verdadeira pela espiritualidade falsa (crendices, espiritualismo).

Vários escritores cristãos, que aceitam livremente a existência dos poderes psíquicos ou da alma, como inerentes à personalidade humana, fazem uma forte distinção entre a demonstração dos poderes psíquicos e aqueles genuinamente do Espírito.
 
Um autor de renome, cujos livros possuem larga aceitação nas igrejas evangélicas, afirma que muitos ministros estão fazendo o que fazem através de poderes psíquicos e poderes da alma (qualidades espirituais inerentes) ao invés de através de qualquer manifestação real do Espírito. Se isto é verdade na igreja, quão mais verdadeiro será o mundo onde os homens substituem qualquer influência do Espírito por aquilo que eles mesmos podem fazer e ser, através do desenvolvimento de suas próprias habilidades espirituais! Se as qualidades espirituais inerentes são usadas e melhoradas pelo ministério do Espírito, então quem pode fazer objeção? Porém, este uso e melhoria transformará a pessoa, sendo que então um processo transcendente também estará ocorrendo.
 
O homem que realmente não está aberto para o poder transformador do Espírito, talvez preso a um vício, ao orgulho humano, ou outro fator de impedimento, talvez preso a um vício, ao orgulho humano, ou outro fator de impedimento, pode de qualquer modo, fazer para si um grande nome pela mostra de seus poderes inerentes, especialmente se estes poderes puderem imitar o místico.
 
Conclusão
Vários intérpretes cristãos tem suposto que o homem, antes da queda, natural e seguramente usava as suas habilidades de telepatia, clarividência, precognição, etc. Dentre outras coisa, a queda fez os homens menos como seres espirituais puros e mais como os animais, causando a diminuição de seus poderes mentais e espirituais e o seu (dos poderes) enterramento sob suas qualidades animais dos cinco sentidos, dos quais principalmente, ele agora depende para sua conduta diária.
 
O homem em seu estado decaído, não é o tipo de ser (nos referimos à maioria), que pode fácil ou seguramente recuperar as suas capacidades anteriores. tensão

O DOM DE LÍNGUAS IV - EXPLICAÇÕES SOBRE O FALAR "EM LÍNGUAS" ENTRE PENTECOSTAIS, NEO-PENTECOSTAIS E CARISMÁTICOS

Introdução
Diante do que foi mencionado em estudos anteriores, certamente alguns estejam perguntando:
Os pentecostais, neo-pentecostais e carismáticos são possuidores legítimos do Dom de línguas?

O fenômeno de falar em “línguas” entre os pentecostais, neo-pentecostais carismático é genuíno?

Caso não seja genuíno, como se explicaria o falar em línguas, e qual a origem do fenômeno existente entre os pentecostais e carismáticos?
 
Como resposta temos:
 
PRIMEIRO: A POSIÇÃO DA MAIORIA DOS ESTUDIOSOS BATIS-TAS(Teólogos, pastores, professores e membros de igrejas)

A maioria dos estudiosos batistas não crêem que os pentecostais e carismáticos sejam possuidores do Dom de línguas conforme registrado em Atos e Coríntios.
 
E também a maioria também não crêem que o Dom de línguas alegado pelos pen-tecostais e carismáticos seja genuíno.
 
SEGUNDO: EXISTE EXPLICAÇÃO PARA O FENÔMENO QUE EQUIVACA-DAMENTE É RECONHECIDO PELOS PENTECOSTAIS E CARISMÁTICOS COMO O “FALAR EM LÍNGUAS”

O fenômeno de o “falar em línguas” pode ser explicado através das seguintes hi-póteses:
O falar em línguas seja de cunho natural, podendo ser:
Por transe hipnótico
No caso, a hipnose pode ser individual ou coletiva, voluntária ou involuntária.
 
Por um método conhecido como “mente universal
Ö método é conhecido desde o ano 500 a.C., através do filósofo Anaxágoras.

O método consiste no fato de uma pessoa ter uma espécie de reserva de conhe-cimento geral, incluindo várias línguas.

No caso, havendo alterações na consciência a pessoa pode buscar na reserva de sua mente algum idioma antigo ou moderno.
 
Produto do psique humano
No caso, quando a mente da pessoa sofre algum tipo de alteração (emocionalismo, êxtase e delírios) ela pode produzir sons inarticulados que podem ser confundidos com vocábulos ou frases idiomáticas.
 
Criação da mente humana, produzida propositadamente
No caso a pessoa produz o som de maneira proposital tendo em vista a autoglori-ficação.
Aqui pode acontecer o que chamamos ação mecânica, ou exercícios mentais que produzem o êxtase ou convulsão proposital, fazendo com que a pessoa imita sons diversos.

Estudos feitos demonstram que as línguas podem ser apenas uma ginástica mental.
Eu pessoalmente acho que para as pessoas sinceras que fazem parte do movi-mento, acontece o caso: “produto do psique humano”;
 
Para os charlatões que vivem do movimento, acontece os casos: “Uso de transe hipnótico” e “criação da mente humana, produzida propositadamente”.
 
O “falar em línguas” como sendo de cunho sobrenatural

Por influência demoníaca
No caso, a mente humana é tomada por demônios, fazendo com que o nome de Jesus Cristo seja menosprezado e blasfemado.
 
De maneira geral, o “falar em línguas” inclui aqueles que não preenchem os requi-sitos bíblicos, ou melhor, há aqueles que não crêem nas doutrinas essenciais tais como a Trindade, o nascimento virginal, a divindade de Jesus Cristo ou então acrescentam outras como por exemplo, a adoração aos santos e a Maria.
 
Assim, perguntamos: estaria o Espírito Santo abençoando os incrédulos, os blás-femos e os idolatras, ou será que o “espírito” é outro?
 
Por influência angelical
No caso, as línguas seriam faladas pelos anjos que estão a serviço dos salvos.
 
Muitos pentecostais e carismáticos afirmam que as línguas faladas na igreja de Corinto era “língua dos anjos”, para tal eles usam o texto de I Coríntios 13.1.
 
Ao examinar o texto percebemos que Paulo não estar fazendo uma afirmação, mas uma hipótese para chamar a atenção para uma verdade. Observe: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor...”, no original a expressão que aparece é “ean” (também nos vs. 2,3) que significa “se”. O que se segue é proposto como possibilidade hipotética.
 
Assim, percebemos que Paulo usa a questão do falar em línguas, usando a possi-bilidade hipotética, para chamar a atenção para o fato de que língua nenhuma, da terra ou do céu, é comparável à prática do amor cristão.
 
A ênfase do texto não é a questão das línguas, mas o amor ágape.
 
Se alguém usa o texto mencionado para afirmar que as línguas faladas em Corinto e em nossos dias é a língua dos anjos, usa o texto indevidamente.
 
Para o cristão, a única regra de fé e prática deve ser a Bíblia,  principalmente o Novo Testamento. E olhando a Bíblia descobrimos que toda vez que Deus enviou seus mensageiros (os anjos) para falarem aos homens, acontecia:
 
A pessoa era devidamente escolhida, a mensagem tinha um fim definido e na língua de quem a recebia.
 
Vejamos alguns exemplos:
Anjos falaram a Ló na própria língua dele; pois ele os entendeu (Gênesis 19.1-11,15);
Um anjo falou a: Abraão (Gênesis 22.11); Gideão (Juízes 6.11,12); Zacarias (Zaca-rias 1.9; Lucas 1.13); Maria, mãe de Jesus (Lucas 1.29); José (Mateus 1.20); Filipe (Atos 8.26).
 
Em todos os casos citados, toda vez que o anjo falou, falou uma língua inteligível ao conhecimento dos que os ouviram, no caso o hebraico, aramaico e o grego. Uma língua comum aos seus ouvintes.
 
Por ação do Espírito Santo
No caso, seria a verdadeira ação do Espírito Santo, tendo em vista um objetivo.
 
E aqui vale uma palavra: Não podemos por medo ou cautela chegar ao ponto de limitar a ação de Deus na história da revelação.
 
Como também não podemos cair na onde do sensacionalismo ao ponto de des-considerando a revelação escrita de Deus aos homens, a Bíblia,  contradizer a mesma, em favor de experiências pessoais.
 
É possível que em determinada situação Deus use seus servos através das “línguas” para que sirva de sinal para os incrédulos, com propósito didático ou evangelístico e para edificação daquele que as fala.
 
No entanto, acho a possibilidade de alguém experimentar o que acabamos de mencionar é difícil e raro.
 
E pelo que observamos, o que acontece nos meios pentecostais e carismáticos, não tem nada o que comprove a ação divina, a não ser carnal.
 
Muitos pentecostais e carismáticos usam chavões e conceitos que só reafirmam a imaturidade e o desejo de autopromoção.
 
Eu acho que para os crentes sinceros que estão entre os pentecostais não aconte-ce nada do que mencionamos;
 
Para os charlatões, hipócritas, mentirosos acontece o caso: “influência demoníaca”;
 
Para os aqueles que desconhecem, mas são sinceros, acontece o caso: “influência demoníaca” , pois estão entrando na onde do sensacionalismo e usando blasfe-mando contra o Espírito Santo.
 
TERCEIRO: PRÁTICAS QUE SÃO CONTRÁRIAS AO CULTO CRISTÃO, À LUZ DA BÍBLIA.
Bater palmas para Jesus Cristo
A Bíblia diz que devemos adorá-lo (Mateus 28.17).
 
Declarações de caráter autoritário e estranhas à Bíblia, como por exemplo, “amarrar Satanás”
A Bíblia diz que devemos resistí-lo (Efésios 4.26,27; 6.11,18; Tiago 4.7; I Pedro 5.8,9).
 
Classificação espiritual ou dos espíritos, como por exemplo, “espírito de maldição”, “espírito de morte”, “espírito de mentira”, “espírito de enfermidade”
A Bíblia afirma a existência de demônios, mas não apresenta a classificação e nem liga a personalidade do espírito imundo a reações vistas na pessoa endemoninha-da. A prática de colocar nome para cada espírito imundo é duvidosa (Mateus 12.45; Marcos 1.26; 5.9; 7.30; 9.17; 16.9; Lucas 10.19; Atos 8.7; 19.13; Efésios 6.12; I Timóteo 4.1; Tiago 2.19; Apocalipse 16.14).
 
Adivinhações e sonhos
A Bíblia condena a prática de adivinhação e a prática de interpretação de sonhos (adivinhação: I Samuel 15.23; Deuteronômio 18.12; Atos 16.16-18. Sonhos: Deu-teronômio 13.1-3; Eclesiastes 5.7; Jeremias 23.32; 27.9; 29.8; Zacarias 10.2). Só Deus pode interpretar os sonhos com caráter espiritual (Gênesis 41.8,16; Daniel 2.27-30; 7.16).
 

Revelações isoladas
Toda a revelação que precisamos se encontra na Bíblia (Deuteronômio 4.2; Pro-vérbios 30.6; Mateus 22.29; João 1.17; João 5.39; Atos 17.11; Romanos 15.4; Apocalipse 22.18).
 
Unção com óleo como elemento de fé
O misticismo deve ser rejeitado em sua totalidade. O máximo que o óleo pode ser usado é como símbolo.
 
Orar em montes ou no mato como se fosse um lugar especial
A prática não tem fundamento bíblico e nem se encontra nos ensinos que Jesus deus aos seus discípulos (Mateus 6.6-8).
 
Jejum como meio de obtenção de graça ou de crescimento espiritual
O ensino do jejum como meio de alcançar graças fere o ensino de Cristo e de todo o Novo Testamento (Isaías 58.6,7; Salmo 35.13; 69.10; Mateus 6.16-18)
 
Falar em “línguas estranhas”
O “falar em línguas estranhas”  nos cultos públicos é de interesse puramente pes-soal, quando não, é com objetivo de impressionar os ouvintes; portanto, contraria o ensino bíblico que se encontra em I Coríntios 14.5-12.
 
Conclusão
Nós, os batistas, temos dificuldades de aceitar o “falar em línguas” praticado no meio pentecostal e carismático como sendo algo que vem do Espírito Santo.
 
No entanto, vemos os pentecostais na sua maioria como crentes bem intencionados, porém sem o devido conhecimento bíblico, sendo a maioria dos seus pastores sem preparo bíblico-teológico adequado, o que acarreta uma série de dificuldades doutrinária.
 
Em outras palavras, acreditamos que os pentecostais na sua maioria erra por falta de uma orientação bíblica correta e pelo apego ao sensacionalismo e ao emocionalismo.
 
Já no caso dos “carismáticos” católicos temos dificuldades de aceitar o grupo como sendo bíblico, bem como suas práticas. Não cremos que o Espírito Santo seja a causa dos fenômenos manifestos no meio católico. Pois se tal coisa acontecesse teríamos que jogar a Bíblia fora.

O DOM DE LÍNGUAS III - O PROBLEMA DAS LÍNGUAS EM ATOS E CORINTOS


Introdução
Muitas são as divergências a respeito do significado do falar em línguas nos dias do Novo Testamento.
 
Nós, os batistas, temos historicamente os seguintes pensamentos:
• O dom de línguas é um dom e um sinal. Ele é um “dom-sinal”;
• O dom de línguas foi dado para falar uma língua estrangeira e não conhecida por aqueles que falam. Os textos que indicam a afirmação são os seguintes: I Coríntios 12.4; 8-10; 13.8; Atos 2.6-8;
• O dom de línguas foi um sinal para autenticar o evangelho na experiência da igreja cristã primitiva. Os textos que indicam a afirmação são os seguintes: Marcos 16.17; Atos 2.4; 10.45,46; 19.6; I Coríntios 13.8 e 14.22.
 
• O dom de línguas foi uma experiência temporária sobre alguns povos cristãos para servir como um sinal para autenticar o evangelho no seu estágio inicial.
 
AS LÍNGUAS DE ATOS E AS LÍNGUAS DE CORÍNTIOS
Alguns estudiosos da Bíblia acham que há uma marcante diferente entre o dom de línguas em Atos e o dom de línguas em I Coríntios.
 
A posição sustentada por muitos é que no livro de Atos, o dom de línguas era a habilidade dada a uma pessoa para falar uma estrangeira sem tê-la aprendido, enquanto o dom de línguas em I Coríntios era aquela de expressão arrebatada.
 
Outros acreditam que o dom de línguas é o mesmo em Atos e em I Coríntios.
 
Theodore H. Epp e John I. Paton, escrevendo o livro “O uso e abuso das línguas” , afirma que a mesma palavra usada em I Coríntios para descrever o Dom é usada no livro de Atos (Atos 10.46; 19.5; I Coríntios 14.15). Para ele a terminologia é idêntica nos dois livros e que não existe nada no contexto de I Coríntios que surgira qualquer outra coisa do que línguas.
 
Mas aqui surge uma pergunta: Porque, então, os crentes em Corinto tiveram o dom de línguas?
 
Eis algumas possíveis respostas:
Se eles tivessem de fato o dom em absoluto, o mesmo já estava no estágio de cessação. Aqui observamos os seguintes:
• O dom não é mencionado em II Coríntios;
• O dom não é mencionado nas outras Cartas paulinas;
• O dom não é mencionado nas Cartas Gerais;
• O dom não é mencionado no livro de Apocalipse.

É possível que a prática do povo gentil tenha influenciado os crentes de Corinto. O culto à deusa Afrodite, conhecida em latim como Vênus, admitia o culto em que se falava em línguas.
 
Pode ser que o dom fosse genuíno, sendo uma extensão do que havia acontecido em Éfeso, mas infelizmente algumas pessoas desviara o seu real significado e objetivo deixando o mesmo em pé de igualdade do que era praticado nos templos pagãos.
 
A CESSAÇÃO DAS LÍNGUAS
Como já sabemos, o falar em línguas foi um dom-sinal de natureza temporária. Alguns dons miraculosos da era apostólica cessaram.
 
O dom de línguas foi um dos dons temporários que servia para autenticar o evangelho, e quando consumado, o mesmo foi retirado.
 
Vejamos algumas considerações:
As Escrituras indicam que as línguas cessariam;
Alguns estudiosos discordam da posição que tomamos, no entanto, quando lemos I Coríntios 13.8,9., vemos que não só o Dom de línguas, mas outros dons cessariam. Em outras palavras, os dons desaparecerão quando o conhecimento do plano de Deus se tornar completo.
 
Mas isso é possível? Sim, é.
Na revelação progressiva de Deus ao homem, notamos que algumas coisas comuns e válidas no Velho Testamento, não tem mais sentido para os nossos dias.
 
A exemplo da própria atuação do Espírito Santo na história da revelação.
 
O silêncio de todas as outras epístolas sobre o assunto das línguas indica a natureza temporária do dom.
 
Observamos que o dom de línguas não é encontrado nas listas dos dons encontradas em Romanos 12.6-8 e nem em Efésios 4.11.
 
Também o Dom não é referido:
• Nas Epístolas de Paulo;
• Nas Epístolas Pastorais: I e II Timóteo e Tito;
• Na Carta aos Hebreus;
• Nas Epístolas Gerais: Tiago, I e II Pedro, I,II, III João e Judas;
• Nunca mencionado em Apocalipse.
 
A natureza das línguas como um dom-sinal indica que as línguas cessariam
A prova é que em I Coríntios 14.22, lemos: “de modo que as línguas são um sinal” .

Um sinal para que? Para validar o evangelho durante os dias transitórios da era apostólica enquanto o Novo Testamento estivesse sendo concluído.
 
Logo, quando a autenticação foi concluída, o dom-sinal cessou.
 
Na realidade os dons miraculosos não são necessários para a perfeição dos salvos,  nem para a obra do ministério, nem para edificação do corpo de Cristo.
 
Refiro-me aos dons miraculosos. Outros dons existem que são extremamente necessários no corpo de Cristo, a igreja.
 
A história da Igreja Cristã Primitiva indica que as línguas cessariam.

Vejamos a posição de alguns teólogos mundialmente aceitos e que tem suas opiniões valorizadas:
Crisóstomo (347-407 d.C).

“Este lugar inteiro é muito obscuro: mais a obscuridade é produzida pela nossa ignorância dos fatos referidos e pela cessação, sendo tal como costumava ocorrer, mas agora não toma lugar por mais tempo”.
 
Augustinho
“nos tempos mais primitivos o Espírito Santo desceu sobre eles que criam: e eles falaram em línguas, que não tinham aprendido, quando o Espírito dava-lhes o Dom da palavra. Estes foram sinais adaptados ao tempo. Pois ai coube ser aquele sinal do Espirito Santo em todas as línguas, para mostrar o evangelho de Deus para extender-se a todas as línguas sobre toda a terra. Aquela coisa feita por um sinal, e ele passou”.
 
O PROBLEMA DAS LÍNGUAS NA IGREJA DE CORINTO
Observamos que Paulo não lidou com o Dom de línguas na igreja de Corinto, como se ele fosse uma vantagem espiritual, mas como um perigo e um problema.
 
Vejamos em detalhe I Coríntios 14:
O problema de colocar “as línguas” acima dos dons mais importantes (v 1,2).
Os crentes de Corinto estavam colocando “as línguas” acima do amor e proclamação do evangelho.
O problema do egocentrismo (v 3-5)
Os crentes de Corinto promoviam o egocentrismo, o farisaísmo e a divisão no meio da igreja.
O problema de não ser entendido (v 6-11)
Os crentes da Igreja em Corinto não estavam transmitindo corretamente a mensagem cristã.
 
Paulo usa três ilustrações para chamar a atenção para o erro que eles estavam cometendo:
• Instrumento de música dando um som deturpado(v7);
O que quer dizer que o falar em línguas é como um instrumento musical fora do tom e dado sons deturpados e indistintos.
• O sonido de uma corneta de guerra emitindo um som incerto (v 8,9);
O que quer dizer que o falar em línguas é como uma corneta de guerra com um som indefinido e sem sentido.
• A fala de um estrangeira que não pode ser entendida (v 10,11).

O que quer dizer que o falar em línguas é como um bárbaro que fala numa língua estranha.
 
O problema de buscar o dom de línguas (v 12-17).
Eles não tinham que buscar este Dom, mas sim, buscar as coisas que edificariam a Igreja.
 
O problema de exaltar as línguas sobre a proclamação do Evangelho (v 18,19).
Eles tinham o Dom de línguas como sendo superior ao anúncio das boas novas.
 
O problema da maturidade espiritual (v 20)
Eles eram imaturos e carnais. Isso quer dizer que o Dom de línguas não é avanço espiritual, ao contrário, é um sinal de falta de imaturidade espiritual.
 
O problema da natureza temporária das línguas (v 21,22)
As línguas eram um sinal para autenticar e confirmar o evangelho na era apostólica.
 
O problema de por em perigo a tarefa evangelística ( v. 23-25)
Eles no desejo de falar em línguas, tinham deixado o mais importante de lado, a evangelização dos perdidos.
 
O problema da regulamentação do dom tendo em vista o seu fim, ou cessação (v 26-40)
Paulo como um missionário diplomata e habilidoso, em vez de condenar o Dom, estabeleceu algumas regras que governariam até o tempo de cessação, até a fase final.
 
Vejamos as orientações paulinas:
• Deve estar edificando a igreja, v 26;
• Não mais que dois ou três estejam para falar em cada reunião, v 27;
• Apenas um tem de falar em cada vez, v 27;
• Deve haver alguém para interpretar, v 28;
• Os participantes precisam disciplinar, v 29-33;
• As mulheres são proibidas de falar em línguas, v 34,35;
• Os que falavam deviam guardar-se contra a arrogância, v 36,37;
• Não deviam discutir sobre o assunto, v 38
• Não deviam proibir que se falassem em línguas, v 39
• Tudo indica que o fato de Paulo não proibir o falar em línguas, estava ligado ao tempo apropriado, o que seria o período de tempo antes da cessação;
• A prova é que ele proibiu as mulheres que falassem, com certeza, ele teve motivo para proibir.
 
Conclusão
Como conclusão das lições até aqui apresentadas, podemos afirmar os seguintes:
• Os grandes homens de Deus na história da igreja cristã não falaram em línguas;
• A doutrina básica atrás da prática das “línguas estranhas” é errada: que doutrina é? A doutrina de que a evidência de que alguém é batizado com o Espírito Santo é o falar em línguas.
• Através da história do cristianismo “o falar em línguas” tem sido visto como uma heresia;
• Até onde sabemos, nenhum idioma tem sido falado pelo povo que diz falar em línguas;
• As línguas podem ser imitadas por demônios;
• Não existe evidência que o “falar em línguas” tenha sido difundido no meio da igreja cristã primitiva;
• As “línguas” falada nos grupos pentecostais e carismáticos não passam de sons inarticulados e desconexos, não podendo ser interpretado como o Dom de lín-guas;
• O “falar em línguas” vista nos grupos pentecostais e carismáticos não passa de expressões vagas, sons inarticulados e desconexos, não podendo ser conside-rado como “línguas estrangeiras”.

O DOM DE LÍNGUAS II - OS TEXTOS BÍBLICOS USADOS COMO FUNDAMENTO PARA O FALAR EM LÍNGUAS

Introdução
Após a introdução história sobre o movimento de línguas, veremos os textos usa-dos pelos pentecostais e “carismáticos”  como fundamento bíblico para o falar em línguas estranhas.
 
Quando estudamos o Novo Testamento, notamos que o mesmo se refere às lín-guas em vários lugares, no entanto, a experiência do falar em línguas acontece somente em três casos. Vejamos:
 
EM ATOS 2.1-11, NO DIA DE PENTECOSTES, EM JURUSALÉM
Encontramos aqui, o relato da descida do Espírito Santo sobre a Igreja Cristã pri-mitiva. Segundo o texto:
• Os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em línguas estrangeiras;
• O Dom de línguas dado aos discípulos  teve um propósito evangelístico(v11);
• O Dom de línguas se constituiu da habilidade dada pelo Espírito para falar nas línguas dos povos presentes em Jerusalém(veja vs 5,8-11);
• As línguas eram estrangeiras e não estranhas (Calcula-se que havia naquele dia em Jerusalém aproximadamente 16 idiomas representado, veja vs 8-11);
• Os discípulos foram capacitados para que falassem em línguas estrangeiras, línguas inteligíveis( os vocábulos gregos que aparecem no verso 4 e 11 para línguas é glossa, que quer dizer língua idiomática e o vocábulo grego que aparece no verso 8 para língua é dialektos, que significa idioma).
 
Em Atos 2.8, lemos: “como é, pois, que os ouvimos falar cada um na própria língua em que nascemos?” .
 
Não resta dúvida os discípulos do dia de Pentecostes falaram línguas estrangeiras tendo como base os seguintes:
• Para confirmar a promessa da vinda do Espírito Santo que estavam registradas em Isaías 44.3; Ezequiel 11.19 e 36.27; Joel 2.28,29; Za-carias 12.10; João 7.38,39.
• Para marcar o início da obra missionária a ser realizada através do Israel espiritual que é a Igreja de Jesus Cristo.
 
A experiência relatada em Atos 2.1-13 são marcos históricos, não sendo obrigado a sua repetição para confirmar a ação de Deus na vida do homem. Você já pensou se toda vez que alguém fosse se converter, Jesus Cristo tivesse que vir a terra novamente para ser crucificado?
 
É  claro que mediante a aceitação do sacrifício de Cristo na cruz é que obtemos a salvação, pela fé. No entanto, não precisamos exigir que Cristo morra novamente. O sacrifício feito por Jesus Cristo, a quase dois mil anos tem a sua plena validade para qualquer pessoa hoje.

Assim é a vinda do Espírito Santo ao mundo. Não é necessário que aconteça os mesmos fenômenos que aconteceram em Atos 2.1-47., para que creiamos na ação do Espírito Santo em nossos dias.
 
E uma coisa é certa: os judeus estão errados pois ainda esperam o Messias. E os pentecostais e os “carismáticos” estão errados e dando lugar as artimanhas de Satanás, pois ainda estão esperando para cada indivíduo a vinda ou a Segunda vinda do Espírito Santo.
 
Os acontecimentos registrados em Atos 2.1-13; em Atos 10.44-46 e Atos 19.1-6., não são obrigados a se repetirem na sua inteireza, pois são fatos históricos únicos que marcam etapas da revelação de Deus através da história da humanidade.
 
Em especial, o texto de Atos 2.1-13, é um marco histórico para os cristãos judeus que viram Deus confirmando as suas promessas registradas nas Escrituras hebrai-cas e nas próprias palavras de Jesus Cristo quando em seu ministério.
 
Concluímos aqui os seguintes:
• O falar em línguas no dia de Pentecostes era um sinal de que Deus havia con-firmado a sua promessa e que ali dava-se inicio a obra missionária(veja vs 16-20,21);
• A experiência que os discípulos tiveram no Dia de Pentecostes foi única, por-tanto histórica tanto para o povo judeu como para a Igreja Cristã.
• A experiência do falar em línguas estrangeiras foi dada somente aos discípulos, que eram judeus.
 
EM  ATOS 10.44-46, EM CESARÉIA
O texto narra sobre a manifestação do Espírito Santo que se deu através do Dom de Línguas dado a um grupo de pessoas que estavam com Cornélio.
 
O episódio é conhecido como “o pentecoste dos gentios”, por causa da grande semelhança com aquele que tinha acontecido em Jerusalém.
 
O acontecimento narrado no texto confirma a inclusão dos gentios na Igreja sem conversão ao judaísmo, como pensavam alguns que “era da circuncisão” (v45).
 
É  bom que se diga que a repetição em substância do que aconteceu na casa de Cornélio, revela a importância que a admissão dos gentios à plena comunhão tinha tanto para Lucas como para a Igreja Cristã primitiva.
 
O ponto relevante aqui não é o falar em línguas,  mas o fato de Deus também operar também no meio do povo gentil, no meio do povo que não pertencia ao povo Judeu.
 
Repetimos, o ponto relevante no texto não é o falar em línguas como querem os pentecostais e os “carismáticos” , mas a importância se encontra no fato de Deus também demonstrar também aos cristãos judeus que estava também operando no meio do povo gentil (veja vs 45,46).

A leitura do capítulo 11 de Atos justifica completamente a necessidade de aconte-cer em Cesaréia o que aconteceu, pois os gentios ou “incircuncisos”, conforme v3, não eram aceitos pelos cristãos judeus, por questões raciais. O argumento de Pedro (veja Atos 10.47 e 11.17) confirma que a maneira da manifestação do Espí-rito Santo, entre os cristãos gentios em Cesaréia ser parecida com a manifestação do Espírito Santo, entre os judeus, no dia de Pentecostes, ajudou na aceitação dos cristãos gentios por parte dos cristãos judeus, basta olhar Atos 11.18 para confir-mar tal coisa.
 
Com certeza o texto de Atos 10.44-46, é um episódio que marca a presença do Espírito Santos entre os gentios. Deixando claro que o evangelho não era algo exclusivo dos judeus.
 
Outro detalhe interessante que vemos no verso 46 é que o falar em línguas em Cesaréia foi identificado. Diz assim o texto: “porque os ouviam falar línguas e magnificar a Deus” . A expressão indica que havia um certo entendimento e uma razão que justificava o fenômeno.
 
As línguas faladas na casa de Cornélio foram um sinal para os infiéis (militares do exército romano, que eram convocados de todo o mundo, onde o império domina-va); foi também um sinal para a igreja judaica que ali estava representada.
 
Na realidade a casa de Cornélio estava cheia de gentios de várias procedências; Deus falou-lhes em suas próprias línguas. Por essa razão ocorreu novamente o fenômeno de serem faladas “outras línguas”.
 
EM ATOS 19.1-6, EM ÉFESO
O texto narra sobre a manifestação do Espírito Santo sobre alguns discípulos de João, o Batista. O episódio se constituem no cumprimento da profecia de Jesus Cristo no que diz  respeito al alcance do Evangelho até aos confins da terra(At 1.8).
 
Os pentecostais usam o texto para afirmar que é necessário que aconteça após o batismo nas águas, o batismo com Espírito Santo, sendo o sinal do batismo, “o falar em línguas”. Mas na realidade não é isso que o texto quer dizer, senão vejamos:
 
• De fato os discípulos encontrados não conheciam o Evangelho que fora prega-do pelos apóstolos. Eles só tinham o conhecimento da mensagem de João, o Batista (v1,4);
• De fato os discípulos encontrados conheciam apenas o ensino e o batismo de João, para o arrependimento dos pecados, e guardavam a vinda do Messias (At 18.24-28) . A expressão “...batismo de João...” que aparece em Atos 18.25 e Atos 19.3,4., indica:
• Que Apolo, um do grupo de discípulos de João, o batista, sabia que Jesus fora batizado por João, e, nessa base, proclamava Jesus como o Cristo, o Messias judaico. No entanto desconhecia inteiramente qualquer coisa sobre a mensagem messiânica mais comple-
ta, bem como sobre a perfeita e verdadeira natureza da pessoa de Cristo;
• Que o batismo que era administrado por João, o batista, bem como o seu sistema religioso, simbolizado por seu rito do batismo, era um chamamento
• ao arrependimento e ao reconhecimento de Jesus como o Messias prometido;
• Que na verdade, nem Apolo,  nem os seus companheiros conheci-am ainda o batismo cristão, ou seja o sistema de fé que fora de-senvolvido para formar o sistema cristão, formulado pelos apóstolos.
• De fato os discípulos encontrados não tinham nenhum conhecimento sobre o Espírito Santo, pois não tinham recebido quando creram(v2);
O texto deixa transparecer que Paulo acreditava que o pecador redimido recebe o Espírito Santo quando crê em Jesus Cristo (analise a expressão: “...recebestes vós o Espírito Santo quando crestes? ...”
• De fato os discípulos tinham submetido ao batismo que não era igual ao ba-tismo da Igreja Cristã primitiva, pois:
• O batismo de João era um rito preparativo (de preparação), con-firmando arrependimento(Lc 3.8) e prontidão para a vinda do Messias;
• O batismo cristão, ao contrário do batismo de João,  é uma afirmação histórica e redentora de Cristo;
• O batismo cristão inclui arrependimento, mas também fala pro-fundamente da união do cristão com Cristo, em sua morte e res-surreição, algo que o batismo aplicado por João não antecipara.
 
E aqui cabe uma observação: seria uma contradição e uma mentira, dizer que ba-tizamos uma pessoa em nome “do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, enquanto que se espera ainda o batismo com Espírito Santo.
 
Quanto ao falar em línguas após a imposição de mãos, entendemos que:
• As línguas faladas tiveram como objetivo a evangelização, assim com nos dois casos já citados(v6);
• As línguas faladas eram uma confirmação da validade da experiência mística, o batismo do Espírito Santo.
• O batismo cristão, ao contrário do batismo de João,  é uma afirmação histórica e redentora de Cristo;
• O batismo cristão inclui arrependimento, mas também fala profundamente da união do cristão com Cristo, em sua morte e ressurreição, algo que o batismo aplicado por João não antecipara.
 
E aqui cabe uma observação: seria uma contradição e uma mentira, dizer que batizamos uma pessoa em nome “do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, enquanto que se espera ainda o batismo com Espírito Santo.
 
Quanto ao falar em línguas após a imposição de mãos, entendemos que:
• As línguas faladas tiveram como objetivo a evangelização, assim com nos dois casos já citados(v6);
• As línguas faladas eram uma confirmação da validade da experiência mística, o batismo do Espírito Santo.
 

Conclusão
Após os três casos mencionados, o assunto só volta a ser mencionado na problemática corintiana, muitos anos depois.
 
Com um estudo profundo dos textos aqui mencionados e normalmente usados pelos pentecostais e “carismáticos”, chegamos a conclusão que o que realmente falta no meio pentecostal e “carismático” é uma melhor compreensão dos textos.
 
Usar um dos textos para forçar a prática comum da variedade de línguas e querer que todos os crentes tenham o mesmo Dom é ignorar a variedade de dons que são extremamente necessários na igreja local.
 
Todos os textos mencionados são bíblicos-históricos e não podem ser tidos como base doutrinária, pois se todo o que acontece no livro de Atos fosse necessário acontecer na igreja, teríamos que aceitar sem reclamar a maneira de viver dos convertidos (At 2.45) e o caso de Ananias e Safira(At 5.1-11).
 
Ou melhor, os irmãos que possuem bens materiais deveriam vender seus bens e entregar aos que passam necessidade, sem contar que em cada igreja teria que ter um cemitério encostado, sendo necessário a existência de mais um oficial, o coveiro.

OS BATISTAS E OS DONS DO ESPÍRITO SANTO

 
Introdução
Em nosso dias, muitas pessoas falam muito. Mas poucas pessoas sabem realmente o que estão falando. E em especial, no meio evangélico. Onde normalmente o egoísmo tem domínio, pois todo mundo quer saber mais que todo mundo.
 
E o assunto é mais sério quando entramos para áreas que envolve uma ação so-brenatural, como é por exemplo a questão dos dons espirituais.
 
Os movimentos “carismáticos” e “pentecostais” muitas vezes atropelam a questão dos dons, causando uma certa desarmonia no ensinamento bíblico, quando não, causando confusão na cabeça de muita gente. Daí, algumas citações e acusações ditas contra aqueles que são sóbrios e buscam de modo inteligente uma explicação para algumas coisas que acontecem no meio da igreja e que normalmente não temos uma explicação coerente.
 
Nós, os batistas somos por demais perseguidos e muitos nos acusam de não usar os dons espirituais, como acontece em algumas igrejas chamadas “carismáticas”  ou “pentecostais” . Mas será que os “carismáticos”  e “pentecostais” sabem definir realmente o que se constitui Dom? Será que o que acontece no meio de muitos grupos evangélicos tem a ação do Espírito Santo?
 
E nós, os batistas?  Realmente desprezamos os dons espirituais?
 
No presente estudo, tentarei oferecer um estudo sistemático sobre os dons espiri-tuais, bem como o seu emprego na igreja.  Daí, estudaremos um pouco sobre o significa dos dons, a classificação dos dons, o propósito dos dons, erros cometidos quanto aos dons e por fim a relação dos dons segundo o Novo Testamento.
 
O SIGNIFICADO DOS DONS
Em I Coríntios 12, encontramos duas palavras no original grego, que determinam a natureza dos dons espirituais:

CHARISMA = Dom, marca divina;
PNEUMÁTIKOS = Aquilo que é espiritual.
A palavra Charisma significa marca divina.  Na verdade, Charisma quer dizer: “um Dom conferido sem mérito ou direito”.
 
Há no Novo Testamento as seguintes listas de dons:
Rm 12. 6-8
Profecia, ministério, ensino, exortação, beneficência, liderança, miseri-córdia. Um total de sete dons.
I Co 12.8-10
Sabedoria, ciência, fé, cura, operação de milagres, profecia, discerni-mento de espíritos, variedades de línguas, interpretação de línguas. Um total de nove dons.
I Co 12.28-30
Apostolado, profetas, ensino, operação de milagres, cura, beneficência, governos, variedades de línguas, interpretação de línguas. Um total de nove dons.
Ef. 4.11,12
Apóstolos, profetas, evangelístas, pastores e mestres. Um total de cinco dons.
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DONS
Os dons podem ser divididos em:
1. OS DONS DE PROCLAMAÇÃO - Profetas, apóstolos, evangelistas e pasto-res.
2. OS DONS DE INSTRUÇÃO E ENSINO - Ensino, exortação, sabedoria, e ci-ência.
3. OS DONS DE BENEFICÊNCIA - Ministério, o que reparte, misericórdia e socorros.
4. OS DONS DE GLOSSOLALIA - Variedades de línguas e interpretação de línguas.
5. OS DONS DE CURA E OPERAÇÃO DE MILAGRES -  Curas e milagres
6. OUTROS DONS -  Fé, discernimento de espírito, presidência e governos.
 
PERMANÊNCIA DOS DONS
Os dons espirituais podem ser permanentes ou transitórios, podendo até mesmo serem extintos (Veja I Co 13.8,13).
 
O PROPÓSITO DOS DONS
Os dons dados tem como propósito: a edificação do corpo de Cristo. Eles são equipamentos de Deus para capacitar os crentes.  Logo concluímos:
• Os dons são concedidos para edificação do Corpo de Cristo e não para a glória pessoal do crente;
• Aquele que possui o Dom ou dons é apenas um instrumento;
• Os dons são destinados ao trabalho e para o trabalho e não para indicar o caráter do crente.
 
ERROS COMUNS QUANTO AO USO DOS DONS ESPIRITUAIS
1. A IDÉIA DE EXCLUSSIVIDADE DE DONS
São alguns crentes ou grupos que buscam exclusividade para certos dons. Estão preocupados em receber um Dom específico, como é o caso do Dom de línguas.
2. SENTIMENTO DE SUPERIORIDADE
São crentes ou grupos que adotam certo sentimento de superioridade pelo fato de possuírem determinados dons que lhes parecem muito importante.
3. OS DONS COMO SINAIS DE ESPIRITUALIDADE
São crentes ou grupos que acham que só podem receber os dons depois de atingir um determinado grau de crescimento espiritual.
 
A RELAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS CONFORME O NOVO TESTAMENTO
01. Apóstolos – I Co 12.28; Ef 4.11
Apóstolo é uma palavra grega que significa “mensageiro” ou “enviado”. Na relação dos apóstolos entra os doze escolhidos e enviados por Jesus e também obreiros credenciados e comissionados por alguma igreja, como: Barnabé, At 13.2; Andrônico e Junias, Rm 16.7; Silas (Silvano), I Ts 1.1; outros, I Co 9.5; II Co 8.23. O ministério dos apóstolos não se limitava a uma igreja local mas, estendia-se a todas às igrejas.
 
02. Profetas – Rm 12.6; I Co 12.10; Ef 4.11
A função do profeta no Novo Testamento é mais a de um pregador do que a de quem prevê o futuro. A ênfase não está na previsão, mas era aquele que apresentava a mensagem de Deus “para edificação, exorta-ção e consolação” I Co 14.3.
 
03. Evangelistas – Ef 4.11
A palavra evangelista quer dizer “anunciador de boas-novas”.  O termo só é mencionado três vezes no Novo Testamento, a saber: At 21.8; Ef 4.11 e II Tm 4.5.
 
04. Pastores – Ef 4.11
A palavra pastor, significa “protetor”  e “apascentador”. Apesar de ser função especificada  pelo Senhor para as suas igrejas, em Atos e nas Epístolas só aparece uma vez, aplicada a obreiros de uma igreja.
 
05. Mestres – Rm 12.7; I Co 12.28; Ef 4.11
El algumas traduções aparece a palavra “doutores”. Refere-se aos que recebem o dom de ensinar a Palavra de Deus, especialmente aos novos decididos.
 
06. Beneficência – Rm 12.8; I Co 12.28
Este Dom se revela no desejo que o crente demonstra de usar os bens materiais para atender às necessidades do próximo.
 
07. Fé – I Co 12.9
O Dom significa um tipo de fé que capacitava o crente a fazer grandes coisas para Deus ( I Co 13.2; Hb Mc 5.34; 10.52). O apóstolo Paulo não se referia à fé em Cristo para salvação.
 
08. Curas – I Co 12.9, 28,30
Este Dom é a intervenção sobrenatural de Deus, por meio de um agente humano, para restaurar a saúde do corpo.
 
09. Milagres – I Co 12.10
A palavra, usada por Paulo, significa “poderes” .  É uma demonstração do poder que opera fora das leis que regem o mundo natural. Os dons miraculosos tinham inicialmente o propósito de dar autenticidade aos
apóstolos como mensageiros de Deus, conforme  At 14.3; II Co 11.13; 12.12.
10. Variedades de línguas – I Co 12.10,28
É  a capacitação dada por Deus para proclamar suas verdades (a mensagem do evangelho) de modo inteligível, através de idiomas não aprendidos anteriormente por parte daquele que fala.
 
11. Exortação – Rm 12.8; I Ts 4.18; 5.11
O Dom de exortação envolve não só a exortação, mas também o conforto e o encorajamento. O crente que tem o Dom da exortação é aquele que procura colocar-se ao lado de alguém, simpatizar com ele, compreender seu problema e confortá-lo  com uma palavra de exortação. Exortar também é repetir o ensino deixado pelos apóstolos, para edificar os crentes, ensinar-lhes o modelo de comportamento cristão e prepará-los para o dia do Senhor.
 
12. Palavra de sabedoria – I Co 2.4,5; 12.8
A sabedoria mencionada no texto, não se trata de uma sabedoria deste mundo, mas da sabedoria de Deus, revelada pelo Espírito Santo.
 
A palavra de sabedoria é uma instrução proferida a uma pessoa ou gru-po, produzida não pela capacidade humana, mas pela ação do Espírito. É também a capacitação para testemunhar em situações de crise e perseguição.
 
13. Palavra de ciência – I Co 12.8
É  o mesmo que a palavra de conhecimento. Esse Dom consiste num co-nhecimento profundo da Palavra de Deus para poder transmitir aos ou-tros.
 
14. Ministério – Rm 12.7
É o Dom que se caracteriza  pelo  servir. A palavra ministério, usada em Rm 12.7, é o mesmo que serviço. A palavra grega é diakonia, da mesma raiz da palavra diácono.
 
15. Misericórdia – Rm 12.8
Trata-se da misericórdia que alguém tem para com as pessoas pobres, tristes, aflitas e especialmente para com os órfãos e viúvas. É um Dom que leva o crente a simpatizar com aqueles que experimentam qualquer aflição e sofre juntamente com eles.
 
16. Socorros – I Co 12.28
O Dom de socorros pode ser entendido de duas maneiras: primeiramen-te pode ser entendido como a capacitação concedida à alguns crentes para ajudarem os pastores e líderes, dividindo com eles as responsabili-dades administrativas e beneficentes da igreja; em segundo, é seme-lhante ao uso da misericórdia. Trata-se de prestar auxílio direto aos oprimidos, órfãos e viúvas.

17. Discernimento de espíritos – I  Jo 4.1-3
É a capacidade dada por Deus a alguns crentes para distinguir o falso do verdadeiro profeta.
 
18. Governos – I Co 12.28
Esse Dom tem a ver com a capacitação para líderes na igreja de Cristo. Indica a prova de habilidade dada por Deus para assumir uma posição de liderança na igreja. O Dom tem muito haver com a capacidade de administrar.
19. Presidência – Rm 12.8
É um Dom ligado a liderança na igreja. A expressão quer dizer “aquele que está de pé, à frente”,  e tem como alvo a liderança que alguém exerce na igreja, alguém que foi colocado por Deus com esse Dom dado pelo mesmo.
 
20. Interpretação de línguas – I Co 12.10
É a capacitação que o crente receber para interpretar alguém que fala em línguas inteligível. De acordo com os ensinamentos bíblicos, esse Dom não depende de aprendizagem, mas é um Dom, ou melhor, algo dado por Deus. Segundo o que a Bíblia recomenda o Dom de interpreta-ção de línguas deve acompanhar o Dom de variedades de línguas.
 
Conclusão
Crêem os batistas nos dons? Sim, os batistas crêem nos dons,  no entanto diferem muito do que é ensinado na maioria das igrejas “carismáticas”  e “pentecostais” .  Na verdade, o que vemos e ouvimos do que muita gente coloca o nome de “dons”  não passa de emocionalismo, histerismo e confusão.
 
Na verdade,  sabemos pela  Palavra de Deus que :
Um mesmo Espírito confere vários dons; o Espírito manifesta-se através de vários dons; um Dom não é comum a todos; nenhum crente possui todos os dons; nenhum crente está sem, pelo menos, um Dom; o Dom transcende as habilidades e talentos materiais da pessoa; os dons são conseqüência do novo nascimento, e não do nascimento natural; o melhor Dom se encontra registrado em I Co 12.31; o pecado afeta o fruto, mas não o Dom; o Dom só tem valor e edifica a igreja quando usado pelo Espírito Santo e não pela carne.

OS BATISTAS CRÊEM NO ESPÍRITO SANTO?

Introdução
É comum ouvirmos de alguns “pentecostais” as seguintes afirmações:
“Os batistas não têem o Espírito Santo”
“Os batistas não acreditam no Espírito Santo”.
“Os batistas rejeitam o Espirito Santo”.
“Os batistas não crêem nos dons do Espírito Santo.”
 
Será que as afirmações estão corretas?
 
Como resposta temos: Os “pentecostais” e os “carismáticos”  estão errados e não afirmam a verdade.
 
Digamos que nós os batistas não cremos como crêem os “pentecostais” ou “carismáticos”. Pois fazemos uma interpretação coerente das passa-gens bíblicas. Evitamos o sensacionalismo, rejeitamos os desejos mera-mente humanos  e nos apegamos as Escrituras, buscando a interpreta-ção dentro das regras da hermenêutica.
 
Daí então, algumas explicações básicas para os novos decididos que muitas vezes são atacados por “pentecostais” e “carismáticos”.
 
Cremos que existe diferença entre o Dom do Espirito Santo e os Dons do Espírito Santo.
A primeira providência de Jesus Cristo, ao subir para os céus foi outorgar poder à sua igreja, para enfrentar o inevitável conflito entre a luz e as trevas.
 
Deus conferiu esses dons através do seu Espírito Santo e é através de sua interfe-rência que eles se desenvolvem. Sem esses dons, a igreja seria como qualquer outra instituição. Em I Coríntios 14, Paulo disciplina o uso de um desses dons.
 
Cremos que existe diferença entre o Dom e os dons do Espírito Santo
Nós, os batistas, fazemos distinção entre DOM DO ESPÍRITO SANTO e DONS DO ESPÍRITO SANTO.
 
O Dom do Espírito Santo foi dado à igreja, em sua resposta à oração de Jesus Cristo e como cumprimento da promessa do Pai (Jo 16.7; 7.39; Is 44.3; Joel 2.28; At 2.17,33,38; Jo 14.17,26).
 
Os Dons do Espírito Santo  são dados aos crentes, individualmente, segundo a vontade do Espírito Santo e a soberania do Pai (Ef 4.8).
 
O Dom do Espírito Santo foi dado ao Corpo de Cristo, a Igreja, sem discriminação.
 
No entanto, os Dons do Espírito Santo são conferidos, de acordo com a vonta-de do Pai, aos crentes.

O Dom do Espírito Santo é dado, igualmente, a todos, sem distinção alguma. Depois, são dados os Dons, que são diferentes, para diferentes pessoas(I Co 12.4,11).
 
Cremos que o Dom do Espírito Santo eqüivale ao Batismo do Espírito Santo.

E aqui fazemos algumas considerações importantes:
O que é o batismo do Espírito Santo
• O batismo do Espírito Santo é a colocação do cristão no corpo de Cristo.
• A Bíblia diz que na salvação o Espirito Santo causa a regeneração, dando-nos vida.
• O batismo do Espírito Santo é uma obra que cabe somente a ele mesmo.
• O batizador é o Espirito Santo. Nós somos colocados no corpo de Cristo em virtude da ação do Espírito Santo em nós.
• O batismo do Espirito Santo é um ato que não se repete.
• O batismo do Espírito Santo é um experiência universal para todos os cristãos.
 
Cremos que todos os crentes recebem o DOM DO ESPÍRITO SANTO NA CONVERSÃO.

E a nossa base para a afirmação se encontra na Bíblia e não em nossas experiên-cias pessoais. Senão vejamos:
“Isto ele disse com respeito ao Espírito Santo que haviam de receber os que nele cressem...” (Jo 7.39)
“Em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa... “ (Ef 1.13)
“Pois se Deus lhes concedeu o mesmo Dom que a nós nos outorgou quando cremos no Senhor Jesus, quem era eu para que pudesse resistir a Deus?” (At 11.17)
“...Recebestes, porventura, o Espírito Santo quando creste?...” (At 19.2)
“...Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o Dom do Espírito Santo.” (At 2.37,38)
 
Temos outros textos que afirmam que aquele que crê em Cristo tem o Espírito Santo, os quais são: Ez 36.27; Jo 3.3,6; 14.17; Rm 8.9,16; I Jo 2.20,27; 3.24; 4.13; 5.1; I Co 6.19; II Co 4.13; Gl 4.6.
 
E aqui consideramos ainda os seguintes:
Não existe na Bíblia nenhuma recomendação quanto a busca do batismo do Espírito Santo. Ao crente é recomendado ser cheio do Espírito Santo (Ef 5.18). O Ser cheio do Espírito Santo não é equivalente a ser batizado. O Ser cheio do Espírito Santo é uma ação contínua.
O batismo do Espírito Santo é posicional e não experimental.
O batismo do Espírito Santo é instantâneo(At 2.38; 5.32).
O batismo do Espírito Santo é constante – é para sempre(Is 59.21; I Jo 2.27; I Pe 4.14).
O batismo do Espírito Santo coloca o crente em posição para receber o poder de Deus(At 1.8).
 
Assim como a morte de Jesus Cristo não pode se repetir para que alguém possa ser salvo, ... assim também, o dia de pentecoste não pode se repetir para que alguém possa receber o Espírito Santo.
 
Ambos foram acontecimentos históricos que não se repetem. O Espírito Santo é recebido por meio da fé (Gl 3.14).
 
Um texto muito usado pelos pentecostais para a alegação da necessidade de uma Segunda bênção é o texto de Mateus 3.8-12.
 
Dizem os pentecostais que o vs 11, do capítulo 3 de Mateus é uma referência ao batismo com água e depois ao batismo com Espírito Santo. Será isso verdade? Se não fosse as regras da hermenêutica e da exegese, poderíamos dizer que a inter-pretação citada estava correta. No entanto a interpretação alegada como sendo verdadeira pelos pentecostais não resiste uma investigação das regras citadas.
 
Senão vejamos:
Batizo com água, v 11
O ministério de João era o de salvar, e assim notamos que o batismo não tem mé-rito por si mesmo. Esse batismo era símbolo do arrependimento, e não o próprio arrependimento. Era algo que servia para atrair a atenção do povo, preparando-o e orientando-o para receber o batismo real, o batismo de Jesus Cristo, o mi-nistério espiritual do Messias.
 
Nesse ministério reside o poder real, a verdadeira vida, que o batismo com água ( ou seja, o ministério pessoal de João) jamais poderia produzir.
 
...batizará com Espírito Santo e com fogo
O batismo com Espírito Santo é acontecerá aos cristãos, àqueles que aceitam a sua mensagem. O expressão apresenta Jesus Cristo como Salvador, Redentor, Advogado; representa a salvação.
 
O batismo com fogo é o acontecerá aos ímpios que rejeitam a salvação que há em Cristo. A expressão apresenta Jesus Cristo como Juiz. Representa o julgamento.
 
Confirme lendo o verso 10 que diz “...pois a árvore que não produz bom fru-to, é cortada e lançada no fogo”. E depois, leia o verso 12 que diz “A sua pá ele tem na mão, e limpará a sua eira; recolherá o seu trigo ao celeiro (o trigo simboliza os servos de Deus; o celeiro o céu, paraíso, ao contrário do joio que vai ao fogo), mas queimará a palha(a palha simboliza o ím-pio, conforme Sl 1.4) em fogo inextinguível(fogo inextinguível simboliza o inferno)”.
 
O batismo com Espírito Santo simboliza o amor, o batismo com fogo simboliza a justiça de Deus para com aqueles que rejeitam a Cristo.
 
O Espírito Santo batiza o obediente e o fogo batiza desobediente.

Cremos que existe diferença entre Dons e Fruto do Espírito Santo.

Outra distinção que devemos fazer é a respeito dos DONS e FRUTO DO ESPÍ-RITO SANTO.
• DONS referem-se a capacitação dadas por Deus para o exercício da atividades no Corpo de Cristo, a Igreja, visando a edificação do mesmo;
• FRUTO dizem respeito às qualidades de caráter do cristão.
 
O FRUTO não é adição, mas resultado. É uma qualidade de caráter e pode ser produzido em qualquer vida cristã.
 
A palavra DONS está no plural, mas o FRUTO está no singular (Gl 5.22,23).
Os DONS podem ser imitados por Satanás (milagres, curas, línguas, etc), mas jamais poderá imitar ou reproduzir o resultado do FRUTO DO ESPÍRITO SAN-TO; amor, paz, alegria, etc.
 
Cremos que existe diferença entre o batismo no Espírito Santo e a Plenitude do Espírito Santo
Na realidade, entre os pentecostais, existe uma confusão em torno das expressões “BATISMO NO ESPÍRITO SANTO” e “PLENITUDE DO ESPÍRITO SANTO”.
 
E é aqui que os grupos pentecostais embolam o meio de campo.
A expressão “BATISMO NO ESPÍRITO SANTO” indica o momento em que a pessoa recebe a Cristo em sua vida. O que implica em dizer que quando a pessoa se converte, ela é batizada com o Espírito Santo.
 
Ninguém pode receber apenas um terço da divindade (o DEUS FILHO), sem re-ceber o (DEUS PAI E DEUS ESPÍRITO SANTO), Rm 8.9.
 
Com base na afirmação bíblica, nenhum crente precisa pedir um batismo no Espí-rito Santo, ou aguardar uma Segunda benção.
 
A benção da presença de Deus (PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO) já é completa por ocasião da conversão, do novo nascimento.
 
A expressão “Plenitude do Espírito Santo” ou “Cheio do Espírito Santo” indica o processo de santificação ou crescimento espiritual (Ef 5.18-21); Gl 5.16-26). Esse crescimento será maior ou menor, dependendo da disposição que cada crente te-nha de consagrar-se a Deus.
 
No entanto, a expressão “cheio do Espírito Santo” tem haver com a capacitação momentânea do Espírito Santo para a realização de uma tarefa específica (At 4.8; 13.9) e também denota uma qualidade permanente (At 6.3,5; 7.55; 11.24).
 
As igrejas batistas da Convenção são unânimes no “Uma pessoa é batizada no Espírito Santo, quando aceita a Cristo e isso só acontece uma vez. Mas já a plenitude do Espírito Santo é uma ação contínua e crescente e pode acontecer que o crente seja cheio do Espírito para realizar uma tarefa específica, o que pode se repetir várias vezes”.
 
Doutrinariamente os batistas reconhecem a ação do Espírito Santo no decorrer na história da revelação da seguinte maneira:

No Velho Testamento
O Espírito Santo descia em dados momentos, para uma realização espe-cífica, mas não habitava continuamente em seu povo( Ne 9.20; Ne 9.20);
O Espírito Santo operava através de líderes, mas não através de todo o povo(Jz 11.29; 14.6,19; 15.14).
 
No Novo Testamento
A presença do Espírito Santo se encontra entre e em todo o povo de Deus(At 5.3,4,9; 28.25,26);
O Espírito Santo opera de forma contínua e habita em cada pessoa salva(Rm 8.9-11,14).
A visão dos “pentecostais” ou “carismáticos” quanto a ação do Espírito Santo ainda é a mesma do Velho Testamento. E aqui encontramos uma dificuldade teológica que não pode resolvida tendo como base a emoção ou a experiência humana.
 
Cremos que o falar em língua estrangeira (língua estranha) não se constitui sinal do batismo com o Espírito Santo.

Os “pentecostais” bem como os “carismáticos” afirmam que o sinal de que alguém tenha sido batizado com o Espírito Santo é o “falar em línguas”. No entanto, em nenhuma parte da Bíblia encontramos tal ensinamento.
 
A evidência de alguém tem ou não o Espírito Santo é moral, não miraculosa, e reside no fruto do Espírito Santo, não nos dons do Espírito. Os crentes em Corinto que tinham sido batizados com o Espírito e ricamente dotados dos dons do Espírito, mesmo assim provaram ser cristãos “não espirituais”, porque lhes faltava a qualidade moral do amor (I Co 3.1-4).
 
Se constitui algo obrigatório para os “pentecostais” e “carismáticos” o falar em língua como evidência do batismo com Espírito Santo. No entanto, não é assim que vemos no caso do apóstolo Paulo (At 9.17,18).
 
Conclusão
Diante o que foi exposto, deixamos claro que nós,  os batistas,  cremos:
No Espírito Santo conforme ensina o Novo Testamento;
No Batismo com ou no Espírito Santo;
Na plenitude do Espírito Santo.
Não só isso, cremos no Dom e nos Dons do Espírito Santo de Deus.
 
No entanto, entendemos que não somos obrigados a crêr conforme ensinam os “pentecostais” ou “Carismáticos”.
 
Somos um povo livre, um povo que durante a história do cristianismo tem procurado interpretar coerentemente a Bíblia, sem que o exagero venham criar em nossas mentes o fanatismo e o sincretismo religioso.
 
Quem afirma que os batistas não pregam o batismo com ou no Espírito Santo e não acredita nos Dons espirituais, não conhece as doutrinas pregada e ensinada pelas igrejas batistas, e se conhecem e assim mesmo afirma tal coisa, se constitui no amante da mentira.
 
Logo, quando alguém chegar para você e perguntar: “Você é batizado no Espírito Santo?” ,   responda: “Sim, sou, graças a Deus”.

A ORIGEM DOS BATISTAS NO BRASIL

Introdução
Uma vez sabendo a origem dos batistas na Holanda e Inglaterra, somos levados a pensar no Brasil.
Daí perguntamos: o no Brasil como tudo começou?
 
Respondendo a pergunta podemos afirmar antecipadamente que a nossa história na América Latina e em especial no Brasil conserva o mesmo vigor e espírito de luta vistos nos batistas de todos os tempos.
 
O início do trabalho batista no Brasil
Devido a guerra civil Americana, muitos Norte-Americanos do Sul deixaram suas terras e alguns imigraram para o Brasil. Dentre eles, encontravam-se Presbiterianos, Metodistas e Batistas.

O primeiro missionário que veio para o Brasil foi T.J. Bowen, em 1860, que por motivos de saúde e outros não se fixou, mas voltou para o seu País.
 
Dentre as colonias formadas pelos Norte-Americanos, destaca-se a de Santa Barbara, em São Paulo, onde um grupo de Batistas Americanos organizou a Primeira Igreja Batista em solo brasileiro, em 10 de Setembro de 1871. E em 1879 outra igreja foi organizada em São Paulo, chamada Igreja Batista da Estação.
 
Os primeiros missionários
A igreja de Santa Barbara, desde o seu início, sonhou com um trabalho Batista mais amplo entre os brasileiros e apelou para a Convenção Batista do Sul dos EUA, através da sua Junta de Richmond.
 
Um dos pastores de Santa Barbara, E.H. Quillin, chegou a ser nomeado em 1879, missionário no Brasil com sustento próprio.

No entanto, o resultado mais efetivo do apelo só foi concretizado com a vinda do casal William Buck Bagby e Ana Bagbay, em 1881, que se dirigiu para Santa Barbara. Bagby pastoreou a igreja ali, onde encontrou um brasileiro devidamente batizado, o ex-padre Antonio Teixeira de Albuquerque.

Em março de 1882, Zacarias C. Taylor e Kate Taylor chegaram ao Brasil.

As primeiras igrejas batistas do Brasil
Bagby e Taylor preocupavam-se em descobrir qual o lugar que Deus lhes indicaria para iniciarem o trabalho propriamente missionário. Ao lado dos missionários estava também o ex-padre Antonio Teixeira de Albuquerque.

Salvador foi a cidade escolhida para ser o berço do trabalho batista do o Brasil, surgindo assim em 15 de Outubro de 1882 , a Igreja Batista na Bahia, hoje chamada a Primeira Igreja Batista do Brasil.

A primeira Igreja Batista do Brasil foi organizada com 05 membros.

Como o trabalho ia se fortificando e com Taylor já tinha condições de assumir sozinho o trabalho na Bahia, Bagbay decidiu ir para o Rio de Janeiro, a fim de estabelecer ali trabalho batista.

Inicialmente os trabalhos eram realizados numa pensão mantida por uma senhora, membro de uma Igreja Batista de Londres, Elizabeth Williams. Ali foi fundada a Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro, em 24 de Agosto de 1884, com quatro membros.

Depois surgiram as seguintes igrejas:
• Em 17de maio de 1885, a Primeira Igreja Batista de Maceió, fundada por Pr. Antônio Teixeira de Albuquerque, com 10 membros.
• Em 04 de abril de 1886, a Primeira Igreja Batista de Recife, fundada pelo Missionário Charles D. Daniel, com 06 membros.
Em 1907 já havia 83 igrejas e 4.200 membros. E daí em diante, o trabalho batista no Brasil só tem crescido.
 
A Convenção Batista Brasileira
A Convenção Batista Brasileira foi fundada em 22 de Junho de 1907, na Bahia com 45 mensageiros (26 brasileiros e 19 missionários estrangeiros com seus familiares).

O primeiro nome adotado foi: Convenção das Igrejas Batistas do Brasil. No ano seguinte, 1908, foi mudado para Convenção Batista Brasileira.

O primeiro presidente da Convenção foi Francisco Fulgêncio Soren.
 
Conclusão
Comparando com o que existia em 1882, notamos que Deus tem feito milagres no meio desse povo denominado batista.

A igreja que nasceu na Holanda, que ganha firmeza e solidez na Inglaterra é a igreja que alcança o Brasil com a mensagem de salvação.

Somos parte do Brasil batista, povo de Deus que conscientemente e inteligentemente tem buscado servir ao Senhor da melhor forma possível.